Futuro unicórnio

Marketplace quer multiplicar por dez número de lojistas parceiros em dois anos

Patrícia Basilio, especial para Gazeta do Povo
09/03/2020 20:47
Cotada com um dos próximos unicórnios brasileiros, a startup curitibana Olist está se estruturando para colher os primeiros resultados de sua expansão e entrar no concorrido clube do US$ 1 bilhão, após ter recebido R$ 190 milhões do conglomerado japonês Softbank em outubro do ano passado. O marketplace, que promete conectar pequenos comerciantes a plataformas como Amazon, Mercado Livre, MadeiraMadeira e Americanas, planeja passar de 10 mil a 100 mil lojistas em até 24 meses e crescer 150% em receita este ano, em comparativo com 2019.
“Estamos agressivos no crescimento, mas sabendo exatamente onde pisar. Queremos planejar um futuro sólido para a empresa. Com o investimento, poderemos investir na atração de funcionários, ganho de eficiência, melhoria de logística e mudanças no catálogo”, explicou Tiago Dalvi, fundador e CEO da Olist. 
Nos próximos meses, a startup também vai se mudar de um escritório de 1,2 mil metros quadrados em Curitiba para um cinco vezes maior, em um shopping center desativado, com capacidade para receber aproximadamente 1 mil pessoas. Atualmente, a startup possui 400 colaboradores. Além da sede no Paraná, o Olist é residente do Cubo Itaú, maior hub de empreendedorismo da América Latina, onde possui 20 funcionários da diretoria de marketplace e gestão logística.
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De acordo com o empreendedor, a quantidade de colaboradores duplica anualmente, o que exige cada vez mais responsabilidade e administração da cultura interna da empresa. Em 2015, o Olist tinha apenas cinco funcionários que trabalhavam em um espaço de 12 metros quadrados. “Quando você serve 10 mil lojistas é uma coisa. Quando o patamar muda para 100 mil lojistas, o nível de cobrança é maior. Quanto mais funcionários e clientes, mais responsabilidade”, destacou o executivo paranaense.

DeSolidarium a Olist

O projeto Olist nasceu em 2007 quando Dalvi criou a Solidarium, empresa como foco em ajudar pequenos artesãos a vender no varejo físico. As primeiras tentativas de contato com varejistas foram difíceis e as parcerias não seguiram adiante.
Entre
2008 e 2011, a Solidarium conseguiu levar os produtos dos clientes a mais de
500 cadeias do varejo, mas a logística e os impostos dificultaram a expansão do
negócio.  Foi então que o empreendedor decidiu ingressar no mundo virtual.
“De 2011 a 2014, a Solidarium alcançou 1 milhão de visitantes ao mês, 15 mil
pequenos lojistas e 300 mil produtos listados em sua plataforma”, recordou.
O gás que a startup precisou para decolar e se tornar o atual Olist, foi ser selecionada para uma imersão de tecnologia e marketplaces na Califórnia (EUA) pela 500 Startups, em 2014. “Deixamos o foco social e viramos Olist. Somos um modelo de negócio diferente. Não há ninguém que trabalha dessa forma”, garantiu o empreendedor.
Hoje, seis anos depois da experiência nos EUA, Dalvi afirma que o Olist precisa “amadurecer” um pouco mais para se tornar um unicórnio, ampliando seu ecossistema para oferecer novos serviços aos lojistas, como financeiros e de logística. “Queremos entregar mais inteligência aos parceiros. Por isso, o foco agora está na execução. É isso que separa o Olist de hoje do Olist unicórnio do futuro.”
A Olist teve investimento inicial de US$ 835 mil e seu faturamento atual não foi divulgado.

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