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O cenário de crescimento é promissor para as fintechs.

Mercado em expansão

Pesquisa aponta que metade das fintechs dobraram de tamanho em 2019

Patrícia Basilio, especial para Gazeta do Povo
09/01/2020 19:28
O Brasil conta, atualmente, com aproximadamente mil fintechs, que devem gerar até US$ 24 bilhões nos próximos dez anos, segundo relatório do grupo Goldman Sachs. E com a retomada econômica do país e crescimento do ecossistema de inovação, 48% das startups do setor financeiro do país dobraram de tamanho em 2019. No total, 15% delas receberam algum tipo de investimento estrangeiro. Os dados são da pesquisa “Fintech Deep Dive 2019”, divulgada pela consultoria PwC e pela ABFintechs (Associação Brasileira de Fintechs) nesta quarta-feira (8).
Das 205 fintechs pesquisadas, 8% estão na fase de idealização ou desenvolvimento de um produto viável mínimo (MVP, na sigla em inglês), sem clientes e em processo de validação; 62% estão em fase de início de operação, com clientes e faturamento abaixo de R$ 5 milhões; e 30% estão em processo de expansão ou consolidação, com faturamento de até R$ 20 milhões. Os principais segmentos que elas atuam são os de meios de pagamento (22,4%), crédito (21%) e bancos digitais (10%).
"Os números revelam o otimismo que permeia as fintechs: 50% delas esperavam um crescimento de mais de 100% da receita este ano, e quase todas conseguiram. A redução do percentual que espera atingir o ponto de equilíbrio (de 85% em 2018 para 66% em 2019) também demonstra que as empresas estão mais maduras", afirmou Luis Ruivo, sócio da PwC Brasil.
Na avaliação do executivo, startups e bancos tradicionais estão firmando parceria porque possuem interesses complementares. “Em geral, bancos e seguradoras enxergam as fintechs como uma forma de acesso à inovação. Já as startups, encaram essa oportunidade como um trampolim para ganhar escala e viabilizar seus negócios”, explicou ele.

Adoção de tecnologia

De acordo com o estudo, as cinco principais tecnologias que as startups dominam são mobile, cloud, data analytics, inteligência artificial e robotização (confira infográfico abaixo). No futuro, por sua vez, essas empresas pretendem investir em inteligência artificial (48%), machine learning (46%), blockchain (44%), data analytics (29%), biometria e gestão de identidades (24%).
“As fintechs estão crescendo muito rápido porque o Brasil tem muitos problemas conjunturais: 85% das operações, por exemplo, estão nas mãos dos cinco maiores bancos”, disse Ingrid Barth, diretora da ABFintechs.
Ingrid Barth é diretora da ABFintech. Foto: Divulgação
Ingrid Barth é diretora da ABFintech. Foto: Divulgação
Com a facilidade para abertura de contas, taxas mais baixas e serviços diferenciados, os próprios clientes estão vendo a vantagem da tecnologia nos negócios, acrescentou Ingrid.
Enquanto 42% dos clientes preferem resolver suas dúvidas pela web, 28% optam pelo aplicativo de celular e 14% pelo e-mail. Fazer uma ligação telefônica e visitar a agência bancária, por sua vez, são preferência de apenas 7% e 1% dos brasileiros, respectivamente. “Teremos, pelo menos, três fintechs unicórnios (com valor de mercado acima de US$ 1 bilhão) este ano”, avaliou a diretora.

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