Navegando na incerteza
Pós-pandemia: como fica a liderança no mundo BANI
A saudade do passado e o medo do amanhã é um sentimento comum no pós-pandemia. A análise é da Priscilla de Sá, facilitadora da Women Leadership (WL). Segundo a profissional, a sensação extrapola os limites ´público-privado´ e interfere, diretamente, nas relações de trabalho.
“De que forma gerir uma equipe que é assíncrona? Como ler o cenário? Como conduzir se ninguém sabe o caminho?”, foram alguns dos questionamentos que ela levantou sobre o cenário da liderança em um mundo de incertezas.
A fala de Priscila foi uma das ouvidas no quarto dia de programação do Elas Lideram, evento de fomento à liderança feminina promovido pela plataforma WL e o Ebanx. O papo aconteceu nesta quinta-feira (11).
Mundo Bani e a liderança feminina
A descrição da profissional para o momento define o que ela aponta como o Mundo Bani. O conceito do Mundo Bani é usado, especialmente, para descrever o cenário pós-pandemia do novo coronavírus.
O acrônomo significa significa brittle, anxious, nonlinear e incomprehensible, ou, em português: frágil, ansioso, não linear e incompreensível. “Visto isso, líderes mulheres se destacam. O contexto Bani oportuniza a liderança feminina porque sabemos liderar no caos, já que para a gente o mundo sempre foi Bani”, diz Priscila.
Entre os entraves à liderança feminina, historicamente registrados, ela citou rotinas triplas e sobrepostas, salários menores e menos oportunidades.
Liderança no futuro
Participaram do talk também a executiva Fernanda de Fino, do Ebanx; Marta Savi, da startup Juno; Milca da Silva, consultora em diversidade e inclusão da Diverse; e Isa Quartarolli, CEO e fundadora da WL.
Milca destacou que o líder do futuro tem como característica essencial a inteligência emocional. E isso inclui o senso de comunidade: estar atendo ao outro”, explicou.
Já Fernanda, compliance senior manager no Ebanx, disse que a pandemia escancarou a fragilidade de muitas empresas. “E isso mostrou que o mercado de trabalho mudou. As contratações mudaram, o dia a dia mudou. Quem não se adaptar rápido, estaciona”, disse.
Como característica imprescindível para um líder hoje, Fernanda destaca a transparência. “Um líder transparente controla a ansiedade da equipe”, finalizou.
Já Marta, da Juno, falou que essa ansiedade é característica comum à realidade das startups, já que elas operam sempre com velocidade. “Por isso, vejo como característica decisiva neste cenário a reaprendizagem. Aprender e desaprender o tempo todo”, acrescentou.
Por último, Isa Quartarolli, CEO e fundadora do Women Leadership, salientou que o líder precisa entender de gente. “Tecnologia é importante, inovação é importante, mas todos os processos envolvem pessoas”, concluiu.
Elas Lideram
O encerramento do Elas Lideram é nesta sexta-feira (12). Aqui você confere a programação completa, que é 100% online e gratuita.
O GazzConecta é parceiro do evento.
