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Startup de Goiânia, Mindify foi prata no 10º Concurso Aberto de Inovação de Tóquio.

Inteligência artificial

Startup brasileira fica em 2º lugar em concurso de inovação em Tóquio

Patrícia Basilio, especial para Gazeta do Povo
10/02/2020 22:32
Um software para automação de protocolos médicos garantiu à Mindify a segunda colocação no 10º Concurso Aberto de Inovação, evento realizado em Tóquio há três semanas pela NTT Data, provedora japonesa de serviços de tecnologia. Com a vice-liderança, a startup goiana não recebeu prêmio em dinheiro, mas acumulou uma lista de 40 investidores interessados em uma fatia do negócio. A 1ª colocada no concurso foi israelense Binah.ai, de Tel Aviv, que utiliza leitura facial para analisar a saúde das pessoas.
“Nunca recebemos
investimento, só verba para amparo à pesquisa. Dos 40 contatos de investidores
que recebi, estou analisando quatro. Além disso, recebi proposta para levar meu
produto para o Japão, Inglaterra, Chile, Portugal e México”, comemorou André
Ramos, CEO da startup, que se inspirou no trabalho do irmão Adriano, que é
neurocirurgião.
O setor de saúde, contudo,
nem sempre fez parte da identidade da Mindify. A startup foi criada há 10 anos
para atuar no setor de esportes, mas o engenheiro da computação acabou
pivotando o negócio após perder contratos públicos para a Copa de 2014 e as
Olimpíadas de 2016, sediadas no Brasil. “Vencemos um edital, mas o governo
cancelou o contrato porque achou que não seria mais necessário. Como a gente
não tinha apoio público, também perdemos outros clientes”, recordou.

Dos campos de futebol aoshospitais

Em 2017, Ramos desfez a sociedade da startup de esportes e deu uma nova roupagem à Mindify — que, desde então, se tornou uma healthtech. Após a reestruturação do negócio e adaptação da tecnologia, o software para protocolos médicos passou a ser comercializado no final do ano passado. “Os médicos perdem 70% do tempo preenchendo prontuários médicos. Simplificamos esse processo com inteligência artificial”, explicou.
Ramos deve abrir um escritório em São Paulo até o final do ano, o primeiro fora de Goiânia, e prevê um faturamento anual de R$ 2 milhões. Entre os clientes da Mindify, estão Hospital do Coração, Unimed Belo Horizonte, Hospital São Paulo e Faculdade de Medicina de Botucatu. “Em 2021, queremos inaugurar um escritório no Japão, país que abriu as portas do mundo para a gente”, concluiu.

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