Inclusão no mercado de trabalho

Startup que promove inclusão de pessoas com deficiência no mercado ganha prêmio internacional

GazzConecta, com colaboração de Millena Prado
07/01/2021 19:02
Promover a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho diminuindo as barreiras que o profissional encontra no desenvolvimento da carreira. Esse é o objetivo da startup Egalitê, premiada em dezembro com o reconhecimento Zero Project, uma iniciativa da Australian Essl Foundation, em parceria com o World Future Council e European Foundation Center, que juntos, reconhecem entidades que promovem a inclusão em todo o mundo.
A Egalitê é a primeira empresa brasileira premiada na categoria empregabilidade. A tecnologia desenvolvida pela HRtech — nome dado a startups do setor de recursos humanos — conecta candidatos a vagas para pessoas com deficiência, utilizando inteligência artificial na busca por profissionais com perfis desejados. A startup conta com uma base de 67 mil candidatos, que acessam gratuitamente a plataforma com mais de 30 empresas parceiras como Ambev, Totvs e Gerdau.
A ideia da empresa é minimizar as barreiras que o candidato encontra no momento da contratação, desde o cadastro no site até a conscientização de empresas sobre o tema promovendo acessibilidade física e comunicacional.
A lista de premiações da HRtech gaúcha é longa. A empresa venceu o World Summit Awards promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2019, além de ter sido acelerada pelo Facebook em 2018. Em 2017, foi a primeira empresa do Brasil premiada no Global Grand Challenges Awards e considerada uma das 10 startups mais atrativas do Brasil, de acordo com o ranking 100 Open Startups.
Para Guilherme Braga, CEO e fundador da startup, os reconhecimentos foram construídos ao longo dos 10 anos de atuação. “Os prêmios são fruto do trabalho que a Egalitê vem desenvolvendo, usando a tecnologia para encurtar as barreiras e identificar a melhor vaga para cada candidato focando no seu potencial, e não na deficiência”, comemora.
Para Braga, o prêmio é a oportunidade de trabalhar a marca em uma escala global, vislumbrando inclusive projetos internacionais já em andamento, como o treinamento e capacitação de candidatos com deficiência em Bangladesh e Nigéria, além do desenvolvimento de projetos pilotos para inclusão de pessoas com deficiência no Chile.
O pontapé inicial para a criação da empresa foi a visão assistencialista do mercado. "Sempre presenciamos uma visão assistencialista sobre as vagas destinadas à pessoa com deficiência, que não é uma visão adequada. Existia uma pauta somente de lei de cotas e não uma promoção de fato da igualdade”, relembra.

Expansão e internacionalização

Para 2021, a empresa pretende realizar a segunda edição da feira Inclui PcD, que em 2020 reuniu 300 empesas, entre elas Oi, Magazine Luiza, MercadoLivre e Natura em uma feira online com cinco mil vagas disponibilizadas exclusivamente para pessoas com deficiência.
A empresa pretende também realizar o desenvolvimento de melhoramentos na plataforma, reduzindo o viés inconsciente e melhorando a assertividade da tecnologia. Outro objetivo da startup é continuar o processo de internacionalização estimulada pela premiação.

Enquete

Estes são os temas mais procurados em relação a cursos sobre inteligência artificial no momento. Se você tivesse que escolher um deles, qual seria sua opção?

Newsletter

Receba todas as melhores matérias em primeira mão