Startup cria QR Code que revela se marcas de roupas usam fornecedores “do bem”

Sustentabilidade tornou-se palavra de ordem no setor de moda. Mas o consumidor final raramente sabe se os fornecedores que vendem tecidos e produzem as peças são éticos, utilizam produtos verdes e se respeitam as regras trabalhistas. Foi pensando nisso que o CEO Kaio Freitas criou a Modaly, startup que desde 2016 atua como um banco de dados de pequenas empresas de moda que possuem práticas sustentáveis e oferece etiquetas com QR Code para grandes marcas que contratam fornecedores “do bem”.

Segundo a startup, as próprias marcas podem se cadastrar na plataforma gratuitamente, mas têm de comprovar à Modaly que as informações são verdadeiras. Atualmente, há 470 pequenos fornecedores inscritos de todo país. “Temos desde fornecedores de tecido a estamparias, oficinas de costura e costureiras autônomas. Também valorizamos marcas que resgatam o trabalho artesanal, como crochê”, acrescentou ele.

Para se rentabilizar, a Modaly cobra planos mensais das varejistas para uso das etiquetas com acesso à plataforma digital. O mais barato custa a partir de R$ 29 ao mês. “Nosso sonho é fechar com as grandes empresas para que um dia elas usem a etiqueta, mas a tendência é fechar primeiro com as pequenas e mostrar que com menos de R$ 30 elas podem começar”, afirmou.

Com 5 mil visitas ao mês no site, a Modaly está sendo acelerada pelo programa Startup RIO, iniciativa público-privada do governo do Rio de Janeiro, e em breve deve buscar investimento para ganhar projeção no segmento varejista. “Queremos escalar nosso projeto de etiqueta virtual, fechando com mais 100 marcas este ano, e criar conteúdo especializado”, concluiu.