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De cashback a frete expresso, confira as principais tendências para o e-commerce na Black Friday de 2020 de acordo com o Google.

Black Friday 2020

Google revela 5 tendências para o e-commerce na Black Friday 2020

Maria Clara Dias, especial para o GazzConecta
08/10/2020 21:25
A chegada da principal data comercial do ano mobiliza varejistas a pensarem em diferentes ofertas e estratégias para reter a atenção dos consumidores. Em 2020, a Black Friday chega em um contexto destoante dos anos anteriores, com a gradual retomada da economia e reabertura dos comércios em todo o país. O isolamento social, por sua vez, fez aumentar o e-commerce, que registrou a sua maior alta histórica até o momento.
Para auxiliar empresas que desejam prosperar no ambiente virtual e nas vendas, o Google preparou uma semana de palestras online, realizada ao longo de terça (6) a sexta-feira (9). Durante o primeiro dia de transmissões, Gleidys Salvanha, diretora de varejo do Google no Brasil, disse que a principal recomendação a essas empresas é considerar a experiência de compra em todas as suas etapas e momentos. “Não se pode cometer o equívoco de considerar a Black Friday apenas como um único dia ou uma semana”, diz.
Gleidys explica que o isolamento social também ampliou a presença no consumidor nas vitrines online, substituindo o passeio em shopping centers. Para ela, a experiência de marca para a principal temporada de compra do ano já começou a ser construída há meses. “Não é mais apenas sobre o que você vende, mas como você vende”, explica.
A empresa mostrou que, em 2019, o pico de buscas para 72% das macro categorias do varejo foi durante a Black Friday, enquanto neste ano a alta nos registros foi entre 26 de agosto e 22 de setembro para 19 das 29 categorias listadas.
Veja abaixo as principais tendências para o e-commerce na Black Friday de 2020 de acordo com o Google.

Aumento de 74% no interesse em cashback

Segundo o Google, o consumidor está mais interessado em descontos por cupons e em cashback — prática que consiste na "devolução" de uma parte do valor do produto ao comprador. O interesse por termos relacionados a cashback cresce cerca de 74% ano a ano, frente aos 30% ano a ano relativos aos cupons.
Segundo o vice-presidente da Associação Brasileira do Comércio Eletrônico (AbComm), Rodrigo Bandeira, a tendência é sim crescente, mas deve vir junto de uma conscientização por parte da marca varejista a seus consumidores a respeito do uso. “A loja precisa deixar claro não apenas o valor do cashback oferecido, mas como ele de fato funciona, para evitar confusões e mal uso do recurso”, explica.

Preço baixo ainda é prioridade

A decisão de compra ainda está vinculada, acima de tudo, ao preço do produto, e esse continua sendo o principal critério para os brasileiros. O Google indicou um aumento de 38% nas buscas pelo tema "promoções" entre abril e julho em comparação com o mesmo período no ano passado.

O frete importa

Em tempos de comércio virtual e preferência do consumidor por rápidas entregas, os fretes grátis e expressos continuam como um grande diferencial competitivo. Somente em julho deste ano, segundo o Google, o tema já era 118% maior do que na temporada de Black Friday do último ano.
O buscador também destacou o crescimento do método de "clique & retire", que permite ao consumidor acelerar o prazo para ter seus produtos em mãos, encurtando o processo logístico de entrega.
Para Bandeira, o frete expresso e grátis deve ser usado com prudência, e exige planejamento financeiro e orçamentário por parte da empresa. “A tendência é termos entregas mais rápidas, e os consumidores estão dispostos a pagar mais por isso”. No entanto, com o preço menor sendo  grande destaque da data, é possível que o frete grátis não tenha tanta adesão, tampouco seja ofertado em grande escala na black friday deste ano.

As exigências mudaram

Para o Google, o consumidor esperará para a data por um varejo que auxilie nas buscas e também ofereça mais possibilidades. Ao mesmo tempo, a incerteza sobre estarem comprando produtos de confiança e sobre terem os prazos de entrega respeitados continuará existindo.
Em uma palestra sobre as novas demandas do consumidor na experiência de compra, Fábio Garcia, head de indústria de varejo do Google do Brasil, destaca a importância de marcas priorizarem a entrega do básico, especialmente na Black Friday — data que coleciona relatos de experiências negativas de compra.
Para ele, a Black Friday também será uma oportunidade para que varejistas invistam na presença em aplicativos digitais, sobretudo para reforçar uma experiência de imersão, além de investirem em assistência humanizada em seus canais de comunicação com o cliente.
“Durante a pandemia, o número de downloads de aplicativos de compra cresceu 182%. Isso é um recado para que empresas usem dos apps para promover a interação entre o físico e o online, criando até mesmo um ‘terceiro lugar”, diz.

Diversificação de produtos

O Google prevê uma data na qual os consumidores estarão mais flexíveis a novos produtos, marcas e categorias. A empresa também espera aumento relevante na busca por alimentos e bebidas. “Acreditamos que essa será a Black Friday mais plural de todas”, diz Rodrigo Chamorro, gerente de insights de varejo do Google Brasil.

Lojas preparadas para a black friday

Para Bandeira, da AbComm, a maioria das empresas já estão preparadas para o atual cenário. Para ele, a resposta do setor têm sido muito positiva desde junho deste ano, quando foi capaz de se adaptar rapidamente de forma a atender prazos menores e demandas muito superiores. “Tivemos um black friday por dia durante mais de dois meses”, aponta ele.
Apenas em 2020, a AbComm registrou a abertura de 150 mil lojas virtuais. Segundo Bandeira, essa tendência deverá se manter para a data em novembro.
“A perspectiva é animadora, apesar do cenário econômico incerto. Teremos uma black friday muito superior às de anos anteriores, com uma tendência de abertura de novas lojas a cada dia”, aposta.

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