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Confira os destaques do último dia do Festival Novo Mundo.

Festival Novo Mundo

Educação, liderança e marketing: o que o futuro pós-coronavírus reserva para a sociedade

GazzConecta, com colaboração de Millena Prado
01/05/2020 10:00
A versão online do maior congresso de mobilidade do Brasil, o Welcome Tomorrow, discutiu o futuro - que já chegou. Entre os dias 28 e 30 de abril, o evento reuniu mais de 50 especialistas em discussões sobre o futuro dos eventos, da comunicação, da mobilidade, do trabalho, da liderança, dos negócios, das cidades, da educação e sobretudo, da vida.
Ao longo dos três dias o festival realizou mais de 21 horas de transmissões ao vivo e mais de 40 mil expectadores. Confira como foram o primeiro e segundo dia de festival.
A segunda edição do evento online já está programada para acontecer de 7 a 11 de julho. O Festival Novo Mundo Full Edition contará com três palcos com transmissões simultâneas, trilhas exclusivas de conhecimento, hackathon, mentorias com os palestrantes e realidade virtual.

Confira como foi o último dia de festival

O terceiro e último dia do evento discutiu o futuro da liderança, da comunicação e da educação. O dia foi aberto com um bate-papo de Isaac Ben-Israel, chefe da Agência Espacial de Israel e Claudio Lottenberg, Presidente do Conselho Hospitalar Israel sobre a necessidade do isolamento social.
A segunda palestra do dia reuniu Laércio Albuquerque, Presidente da Cisco Brasil e Laerte Rufino, fundador da Jr Diesel. A conversa foi sobre o propósito da liderança e a importância da família para que um líder construa boas relações com seus liderados.
Para Laércio, o propósito da vida vai mudando de acordo com a trajetória e as experiências. Ele salienta que o maior valor da liderança está na retribuição. “O propósito que eu tenho hoje é fazer aquilo que fizeram por mim. As pessoas simplesmente não estão preocupadas com o quanto você sabe, elas querem saber o quanto você está preocupado com elas, que seja sincero, genuíno e transparente”, completa.
Já para Geraldo, quanto mais o líder acredita em si mesmo, mais faz a diferença para os outros. Em sua opinião, os profissionais do futuro devem ser cada vez mais humanos.
“O melhor profissional do futuro é aquele que vai se tornar um ser humano melhor. Buscar educação é do dia a dia, mas você precisa crescer de dentro pra fora, isso vai formar grandes líderes. Eu espero que nunca volte aquela normalidade louca, e que a partir de agora , o ter seja consequência do ser”. E completa: “A melhor meta que você pode construir é uma meta de crescimento humano”.
Para pensar como grandes líderes mudam vidas e negócios se reuniram Isabella Zakzuk, diretora das marcas de beleza da P&G; Guilherme Bellintani, presidente do Esporte Clube Bahia; e David Cohen, jornalista e escritor.
Para Isabella, a posição do líder precisa ter humildade e responsabilidade de assumir que por melhor profissional que seja neste momento, ele ainda não sabe de tudo. “É mais importante do que nunca ter um mindset de ‘ainda não sei tudo e tenho que aprender muito mais’. Essa postura é um papel fundamental para dar esperanças, direção e propósito para os demais”, completa Isabella.

O amanhã da educação

Se reuniram para falar sobre as novas formas de aprendizado Daniel Castanho, presidente do conselho da Ânima Educação; Carlos Alberto Julio, co-fundador da Digital House; Felipe Anghinoni, professor, fundador da Perestroika e da Sputnik; e para completar o time Agatha Arêas, VP Learning Experience do Rock in Rio.
Para a mesa, a visão unânime é que a educação, como diversos outros setores, já passavam por uma crise. Para Daniel a educação daqui para frente deve se tornar um aprendizado de maneira ativa, em sua opinião o ensino a distância também deve se reinventar. “Vamos mudar de ensino a distância para aprendizagem com uso de tecnologia. O professor não vai ser substituído, pois ele é o artífice, as escolas e universidades serão os agentes transformadores da sociedade”, explica.
Já Carlos acredita que mudanças são uma certeza, mas não consegue medir a dimensão nem o prazo para que elas aconteçam. e salienta a importância de que a tecnologia chegue também no ensino básico. “Tenho só uma certeza. A tecnologia já impactou e já mudou o ensino superior. Eu quero ver isso acontecer mais e melhor em um ensino básico”, enfatiza.
Na visão de Felipe, concordando com os demais palestrantes, a educação já não era mais a mesma. “Já era uma mudança anunciada. Tinha muita gente avisando isso há pelo menos 15 anos. A pandemia não foi o primeiro movimento para despertar a população e não vai ser o último. Eu acho que as mudanças vão vir a daqui a dez anos, mas esse com certeza vai ser um começo”, completa.

O amanhã da comunicação e do marketing

No cenário do isolamento social a sociedade está sendo impactada por muito mais informação e mudando seus hábitos de consumo. O bate-papo sobre o futuro da comunicação e do marketing reuniu Igor Puga, diretor de marketing do Santander; Fábio Flaksberg, COO da Omiexperience e Eduardo Simon, CEO da DPZ&T.
Para Igor, uma das maiores mudanças no marketing é que se transformou de incentivar a compra dos consumidores, para o fornecimento de dados para as companhias sobre como as pessoas estão consumindo. Na sua opinião, os empresários precisam ter sutileza e transparência na comunicação.
“Muito da nossa função é mostrar para os gestores como o consumidor está se comportando, combinando as percepções do consumidor as tendências de consumo”, diz Igor.
Na visão do COO da Omiexperience, é mais do que nunca hora que a marca deve transmitir verdade e não só tente vender seus produtos e chama este momento de marketing da sobrevivência.
“Nesse cenário existe um novo consumidor. Eu vejo pouco espaço para uma relação que não seja extremamente real e verdadeiras. O momento é de ser transparente, falar a verdade e acolher”, explica.
Sobre investimentos e crescimento do mercado Fábio provoca: "As startups estavam crescendo a partir de uma fonte de dinheiro infinito, agora isso vai acabar. Essa turma vai ter que mostrar serviço".
Já segundo Eduardo, as palavras de ordem são empatia, entretenimento e significado. “Não dá para criar ruído nesse momento, temos que criar significado. Não só comunicar e informar, mas devemos criar significado e empatia estamos nos destacando”, diz o CEO.

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