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Unicórnio chinês, Lalamove prepara chegada em Curitiba e Belo Horizonte em 2020

Patrícia Basilio, especial para Gazeta do Povo
03/02/2020 20:40
O mercado de entregas rápidas está cada vez mais aquecido no Brasil — haja visto o crescimento das startups nacionais Loggi e Vuxx, e o avanço da estrangeira Rappi. No final de 2019, mais um player internacional desembarcou no país: o unicórnio chinês Lalamove. Com sede em Hong Kong, a empresa iniciou operações em São Paulo e no Rio de Janeiro e deve expandir seu serviço de entrega no mesmo dia (same day delivery) em grandes capitais do país, incluindo Curitiba e Belo Horizonte, ainda este ano.
Para conquistar o mercado brasileiro, a chinesa está adotando uma estratégia agressiva de não cobrar comissão dos entregadores neste início de operação. Nos países em que a empresa já está estabelecida, esse percentual varia entre 10% e 20%. Vale destacar que a Lalamove atua com uma frota de parceiros composta por motos, vans e carrocerias cobertas.
De acordo com a chinesa, os preços de entrega variam de R$ 9 (moto) a R$ 100 (carreta), mais extras de quilometragem, paradas, adicional noturno e ajuda do motorista para descarregar os produtos. O serviço inclui tecnologias como inteligência artificial e machine leaning para otimização de rotas, rastreamento de entregas em tempo real e emissão de protocolos eletrônicos.
O mercado brasileiro é enorme e a concorrência [entre empresas de entrega] é ótima porque os consumidores e os motoristas parceiros são quem mais ganham com isso. Os consumidores são inteligentes e vão escolher o que é melhor para eles em preço e qualidade.
Albert Go, diretor regional Latam da Lalamove, em entrevista exclusiva ao Gazz Conecta.

Lentidãopor ineficiência

“Usamos dados e padrões para pautar os motoristas para ajudar os motoristas. Acredito que a demora para entrega no Brasil acontece por ineficiência, problema que a tecnologia pode resolver”, destacou o filipino, acrescentando que a tecnologia utilizada pela startup é própria e desenvolvida principalmente em Hong Kong.
Com 6 mil motoristas parceiros e 50 funcionários no Brasil, a Lalamove projeta um crescimento anual de 200% em 2020 — o primeiro desde que a startup chegou ao Brasil. Mas para ganhar capilaridade pelo país, a empresa deve enfrentar primeiro um desafio geográfico: a distância entre os estados. “O Brasil é quase um continente, enquanto a Ásia é formada por ilhas. A diferença é que agora temos de lidar com cidades desconectadas por montanhas e por distância”, comparou o executivo.

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