Leonardo gosta do contato com o campo, mas se encanta com as diversas possibilidades da Agronomia | Arquivo pessoal
Leonardo gosta do contato com o campo, mas se encanta com as diversas possibilidades da Agronomia| Foto: Arquivo pessoal

Alguns profissionais não conseguem se imaginar fechados em um escritório durante o dia todo, encarando como função principal o gerenciamento de documentos e projetos. A sensação de não ter rotina, buscar novos desafios diários, ter a oportunidade de trabalhar ao ar livre e estar em contato com a natureza é o que instiga muitos estudantes que buscam cursos como Agronomia, Geologia, Engenharia Florestal, Zootecnia, Medicina Veterinária, Gestão Ambiental e Oceanografia, apenas para citar alguns exemplos.

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O acadêmico de Oceanografia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Felipe Martins Ricardo, 21 anos, está no quarto período do curso, que é realizado no Campus Centro de Estudos do Mar, em Pontal do Paraná. O estudante conta que escolheu a Oceanografia pensando em suas afinidades e baseado em suas experiências e aptidões, mas também levou em consideração o fato de se tratar de uma área bastante ampla, com várias alternativas mercado de trabalho. Por ser relativamente novo, e o curso vem ganhando sua importância a cada dia. “A UFPR é reconhecida na parte da Oceanografia Sócio Ambiental, onde é possível a interação com a sociedade e comunidades indígenas, quilombolas e comunidades pesqueiras”, relata. 

Outra carreira conhecida pela proximidade com seu objeto de estudo é a Agronomia. Mas o professor João Carlos Bespalhok Filho, vice-coordenador do Curso de Agronomia da UFPR, fala que, hoje em dia, o mercado de atuação para o engenheiro agrônomo cresceu muito e não significa mais que o profissional precisará estar sempre com a mão na terra. “Uma das coisas que atrai os jovens para a Agronomia é por ela ser uma profissão muito eclética. Agrônomos podem trabalhar em fazendas, cooperativas, empresas de assessoria, laboratórios, bancos, etc. Além disso, bons profissionais podem alcançar ótimas remunerações”, destaca Bespalhok. 

Felipe escolheu cursar Oceanografia pensando nas afinidades e no mercado de trabalho.Arquivo pessoal

Cerca de 25% do PIB brasileiro vem da área agrícola e, segundo o professor, o agronegócio é uma das áreas da economia que vem crescendo mesmo na recessão dos últimos anos e por isso a oferta de vagas é boa em relação a outras áreas. “Para aqueles alunos que se preparam bem durante a curso fazendo estágios, iniciação científica, partindo em empresas júnior, etc. a empregabilidade é muito alta”, afirma. 

O engenheiro agrônomo Leonardo de Morais, 23 anos, que fez faculdade no Campus Agrárias da UFPR, em Curitiba, foi atraído para a profissão pela afinidade com a área e por ser um mercado em ascensão. “Poder trabalhar no campo, longe dos escritórios me chamou muito atenção. Porém, mesmo tendo muito contato com campo, a parte administrativa é tão ou mais importante”, pontua Morais. Para ele, a interdisciplinaridade da Agronomia é justamente o que o fascina. “Você tem opção de escolher diversas vertentes de trabalho. Além de ser um setor de extrema importância para o Brasil”, enfatiza. 

Cursos para quem quer estar em contato com a natureza 

Agronomia – O engenheiro agrônomo é fundamental no agronegócio, mas seu papel se diversificou muito nos últimos anos. Atualmente, boa parte dos profissionais está nas grandes cidades, atuando em áreas comerciais, marketing, laboratórios, na indústria, em cooperativas, etc. 

Engenharia Florestal – O engenheiro florestal precisa estar em contato direto com a natureza para conhecer as florestas nativas, as florestas plantadas e a biodiversidade. 

Geólogo – É o profissional que faz pesquisas geofísicas e geológicas, a partir da análise, da coleta e da interpretação dos dados e do gerenciamento das amostras. É uma carreira que necessita de estudos contínuos e o campo de atuação do geólogo é o planeta Terra, em toda a sua extensão, fator que chama a atenção de quem gosta de trabalhar ao ar livre e sem endereço fixo. 

Oceanógrafo – O papel do oceanógrafo é o de pesquisar a vida de animais e vegetais, assim como o ambiente e os processos dos oceanos, mas também de rios, lagos e mares. O contato com a natureza é constante, seja para a coleta de amostras, seja para o desenvolvimento de projetos, mapeamento de fundos de oceanos, cultivo de organismos aquáticos, entre outras atividades. 

Gestão Ambiental – O gestor ambiental tem como principal foco de trabalho a sustentabilidade e a conservação da biodiversidade do planeta, tanto na cidade como nas áreas rurais, órgãos públicos ou privados, em programas de reciclagem, recuperação de áreas degradadas, implementação e gestão de educação ambiental.