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Para que a mobilidade urbana seja eficaz, com viagens mais rápidas e menos tempo perdido em congestionamentos, é fundamental investir na infraestrutura viária. Esses investimentos devem atender aos meios que realmente transportam a maior parte da população diariamente, permitindo que a economia funcione de maneira eficiente e sustentável.
O bom planejamento urbano de uma cidade deve focar na redução do tempo de deslocamento das pessoas para aumentar a sua produtividade e qualidade de vida. O principal meio de transporte de nossa cidade é o sistema de ônibus, tanto o metropolitano quanto o urbano, que deveriam receber constantes investimentos para novos corredores e vias exclusivas na priorização do transporte coletivo.
O tempo de viagem e a oferta dos serviços de transporte são fatores essenciais para a preferência em utilizar o transporte de ônibus em substituição ao individual. Viagens mais rápidas se realizam apenas quando os corredores de ônibus têm prioridade no planejamento da cidade, especialmente na utilização do espaço viário, que é limitado.
Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que 36% das pessoas do Brasil passam mais de 1 hora por dia no transporte público. A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) estimou que o gasto de tempo no trânsito gera prejuízo de R$ 111 bilhões – somente avaliando 37 regiões metropolitanas do país.
Priorizar o espaço viário para meios de transporte secundários por modismo não contribui verdadeiramente para a mobilidade e consequentemente para a produtividade e desenvolvimento econômico da cidade e das regiões metropolitanas.
“Obras de infraestrutura que dão mais velocidade ao transporte coletivo são benéficas para toda a sociedade e precisam ser prioritárias no orçamento e no planejamento urbano e metropolitano de Curitiba”, analisa Ayrton Amaral Filho, CEO da Metrocard.
O impacto econômico do transporte coletivo
A mobilidade coletiva é benéfica às pessoas sob diversas óticas, especialmente a econômica, que geralmente não é lembrada. Estudos mundiais apontam que, para cada R$ 1 aplicado em mobilidade urbana, R$ 6 retornam para a economia. Isso mostra a importância de destinar recursos orçamentários para que sejam aplicados no sentido de tornar o sistema de transporte mais produtivo para a cidade e região.
Uma faixa exclusiva à direita, uma das obras mais simples e baratas, pode aumentar a velocidade média do transporte de 15 km/h para 18 km/h – ou seja, viagens 20% mais rápidas. As canaletas exclusivas dos BRTs permitem um representativo aumento da velocidade média da operação, alcançando de 25 km/h a 28 km/h quando há priorização semafórica.
“O impacto das canaletas resulta em uma redução de metade do tempo de viagem, o que significa maior produtividade e qualidade de vida”, destaca Amaral Filho.
Ar mais limpo
De acordo com o Ipea, um passageiro de ônibus ajuda a reduzir as emissões de CO2 em oito vezes, comparado a um passageiro utilizando um automóvel. Isso significa um ar mais limpo, menos doenças respiratórias e mais qualidade de vida para a população.
Se uma cidade deseja ter mais sustentabilidade ambiental, precisa criar atrativos para que seus habitantes escolham espontaneamente a utilização do transporte coletivo, reduzindo os tempos de deslocamento, aumentando a oferta dos serviços e cuidando da segurança pública do sistema de transporte.
“O melhor investimento para uma cidade é na qualificação do transporte coletivo, quando consideramos os eixos da produtividade, economia, sustentabilidade e qualidade de vida”, conclui Ayrton Amaral Filho, CEO da Metrocard.
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