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Além dos projetos, arquitetos precisam gerar valor para se reinventar no pós-pandemia

Ana Hübner, especial para HAUS
20/08/2020 14:48
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Arquitetos e designers precisam ser criativos e compreender o que é empreender diante dessa nova economia. | Bigstock

A era pós-digital trouxe para os empreendedores e negócios uma necessidade cada vez mais constante de se reinventar e ressignificar – exigências ainda mais urgentes em um contexto pós Covid-19. Para além da forma como se planeja, projeta e entrega, para a nova economia será necessário uma mudança na forma de se pensar o empreender e comunicar a arquitetura, a decoração e o design de interiores.
Preparar-se para a nova economia é entender como gerar valor a partir de uma causa e comunicar melhor para que o cliente saiba quais são os elementos que esse profissional entrega, para além do serviço em si. No caso dos profissionais da arquitetura e interiores é possível citar como valores gerados a economia de tempo, a redução de custos, a geração de pertencimento, e a redução de incômodos.
"Todos os setores estão passando por uma reflexão muito grande. O arquiteto, o designer, o profissional criativo precisa compreender o que é empreender diante dessa nova economia. É importante que o profissional saiba comunicar o seu propósito e a sua causa", aponta Marcos Batista, designer, empreendedor e especialista em inovação. Ele foi o grande nome do Masterclass Crescimento Exponencial, promovido nos dias 11 e 12 de agosto pelo ArqDecorClub, em parceria com o Club&Casa Alliance.
Marcos Batista participa da implantação de núcleos e laboratórios de design e inovação.
Marcos Batista participa da implantação de núcleos e laboratórios de design e inovação.
O pensamento de Marcos ganha ainda mais força no contexto da pandemia, quando, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU) cerca de um terço da população mundial esteve ou está confinada em casa para evitar o contágio e propagação do novo coronavírus. A forma como se dá o relacionamento com os lares e habitações tem sido revolucionado por esse período.
O empreendedor afirma que a flexibilidade e o dinamismo irão permitir aos profissionais compreender os problemas de seus negócios e seus clientes, repensando-os a partir do conhecimento, da prática e da experimentação. "Só temos uma linha e um pensamento exponencial se nos adaptamos e compreendemos que a partir dos movimentos e comportamentos emergentes, impactados por crise ou tecnologia, temos a geração de novas necessidades e valores.”
Marcos acrescenta ainda que com a era pós-digital tem-se o fortalecimento de novas economias, que partiram do conjunto de várias: economia da multimoeda, economia compartilhada, economia circular entre outras.  As novas economias transformaram a importância da posse na importância que se dá ao acesso. Mudanças na gestão, hierarquização e organograma das empresas também se fazem necessárias. Se a economia é colaborativa os negócios precisam acompanhar. Para haver uma mudança de modelo mental é preciso trabalhar de maneira conjunta.
Crises, como a que está sendo vivenciada em decorrência da pandemia, geram impactos em novos hábitos e comportamentos de consumo, acarretando na mudança de valores. “O valor da era pós-digital é dado às causas, aos propósitos. É o momento dos profissionais questionarem de que maneira inspiram e se relacionam com as pessoas, o que torna a existência do seu empreendimento, transparecendo essa essência aos seus clientes”, finaliza.
O ArqDecorClub promove periodicamente aulas, workshops e outros conteúdos de capacitação que podem ser acessados no site da plataforma.

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