Arquitetura
Telhado verde em shopping de São Paulo promove economia e bem-estar
Horta na cobertura do Shopping Eldorado, no bairro de Pinheiros, em São Paulo. Parte dos resíduos orgânicos da praça de alimentação viram adubo para as hortaliças. Fotos: Shopping Eldorado / Divulgação.
Diariamente milhares de pessoas passam pela praça de alimentação de um shopping, consomem e deixam para trás quilos e quilos de resíduos orgânicos que vão para os aterros sanitários.
O Shopping Eldorado, em São Paulo, optou por dar um destino diferente aos 400 quilos de lixo orgânico acumulado por dia. Em 2012 foi implantada uma composteira na cobertura do estabelecimento que fica no bairro de Pinheiros.
O projeto “telhado verde” permitiu ao shopping transformar parte dos dejetos em fertilizante, que é aplicado em uma horta orgânica no mesmo local. A partir dos restos de mais de 10 mil refeições servidas todos os dias no shopping, são produzidas 14 toneladas de adubo por mês.
Na horta cultiva-se cebola, pimentão, cebola, gengibre, tomate e outros vegetais e hortaliças livres de pesticidas. A produção é usada na cozinha dos próprios restaurantes do shopping. Além disso, nos dias de colheita, os funcionários podem subir na cobertura e levar gratuitamente os vegetais para casa.
De acordo com a administração do shopping, a horta ajuda a diminuir a temperatura interna, reduzindo o consumo de energia com ar-condicionado. Além de reutilizar os mais de 100 mil litros de água, usada pelos motores dos equipamentos de climatização, na rega das hortas. Outra medida para a economia de água é o redirecionamento da água da chuva para os banheiros do shopping.
Com o projeto, o shopping reaproveita cerca 25% de seus dejetos todo o mês. Mas pretende-se ir além deixando de enviar resíduos orgânicos ao aterro sanitário até 2017. O Eldorado anunciou que, a partir deste ano, sua cobertura passará a ter 9.500 metros quadrados de hortas (um aumento de 3.500 m² em relação a 2015).
Além da responsabilidade ambiental, a medida trouxe economia financeira em cerca de R$ 12 mil por mês. Em 2015 a iniciativa ganhou o prêmio de sustentabilidade da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers) e o prêmio de Grande Empresa da Federação de Comércio de São Paulo.
* Via Archdaily