Arquitetura

Primeira célula solar transparente abre precedentes para uma revolução energética; veja o vídeo

Luan Galani
10/03/2016 22:00
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Transparência, flexibilidade e eficiência energética são fatores a favor do aparato. Foto: G.L. Kohuth/MSU Today/Divulgação

Pesquisadores do departamento de engenharia da Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos, anunciaram recentemente a primeira célula fotovoltaica totalmente transparente. A invenção foi publicada no periódico especializado Advanced Optical Materials.
A invenção abre precedentes para uma verdadeira revolução na geração de energia elétrica e no design das cidades, pois, a partir de agora, pelo menos teoricamente, cada janela (e até prédios inteiros!) adquire o potencial de se transformar em um gerador de energia sem atrapalhar a visão que proporciona.
Embora seja tratada como uma célula fotovoltaica tradicional, a nova criação consiste em um concentrador solar transparente que pode ser fixado sobre qualquer superfície vítrea.
Até hoje só haviam sido criados painéis solares parcialmente transparentes, que também não viraram unanimidade por serem altamente coloridos.
O estudo foi liderado pelo professor de Engenharia Química Richard Lunt, e contou com a participação dos estudantes de doutorado Yimu Zhao e Garrett Meek, e do professor do departamento de Química Benjamin Levine.
A ideia surgiu de uma observação simples: por que não aproveitar as áreas laterais dos prédios, que são muito maiores se comparadas com as dos telhados das mesmas construções?
Então os cientistas desenvolveram moléculas orgânicas que absorvem apenas as ondas invisíveis do espectro solar, de onde vem a energia do sol que será transformada em energia elétrica.
Essas ondas são guiadas pelo material até as suas extremidades, feitas de plástico, onde serão convertidas em eletricidade por finas células fotovoltaicas.
“O fato de não absorver ou emitir luz do espectro visível faz o material parecer excepcionalmente transparente ao olho humano”, explica Lunt.
Flexibilidade
Outro ponto positivo a favor da invenção é a sua flexibilidade. Por enquanto, a tecnologia ainda está em fase de testes, mas guarda potencial para chegar ao mercado e à indústria a custos pequenos.
“Isso abre um leque enorme de possibilidades de aproveitar a energia solar: do uso em grandes edifícios a pequenos dispositivos tecnológicos que exigem uma estética de qualidade, como telefones celulares e e-reades”, defende o líder da pesquisa.
Eficiência energética
O próximo passo é melhorar a eficiência energética do dispositivo. No atual estado, o concentrador só consegue converter de 1% a 5% da energia solar captada. Em comparação, os painéis parcialmente transparentes mais eficientes criados até hoje alcançam somente cerca de 7% de eficiência.
Confira o vídeo!

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