Arquitetura

Dois prédios brasileiros estão entre os melhores do mundo em prêmio internacional

Aléxia Saraiva
01/08/2018 15:12
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Foto: reprodução/Galeria da Arquitetura

Dois dos projetos mais aclamados dos últimos meses no Brasil, o  Sesc 24 de Maio e a nova sede do Instituto Moreira Salles são novamente reconhecidos internacionalmente. Dessa vez, avançaram mais uma fase rumo à premiação do Mies Crown Hall Americas Prize, o MCHAP, que escolhe os prédios mais relevantes construídos nas três Américas.
Os seis finalistas foram selecionados a partir de uma lista prévia de 31 edificações, divulgada em maio. Nela, integravam outras quatro construções brasileiras. O resultado prévio foi anunciado pelo diretor da instituição, Dirk Denison, e pelo presidente do júri do MCHAP de 2018, Ricky Burdett.
Foto: reprodução ArchDaily/Nelson Kon
Foto: reprodução ArchDaily/Nelson Kon
O prêmio concede ao vencedor 50 mil dólares para serem investidos em pesquisas e publicações, e passam a ser Presidentes Honorários do MCHAP na Faculdade de Arquitetura do Illinois Institute of Technology (IIT). O resultado final será divulgado em outubro.
Foto: reprodução ArchDaily/Nelson Kon
Foto: reprodução ArchDaily/Nelson Kon

Os finalistas brasileiros

O novo Sesc 24 de Maio tem desenho do célebre Paulo Mendes da Rocha em parceria com o escritório MMBB Arquitetos. O prédio fica no centro de São Paulo e toda sua estrutura foi pensada para dialogar com as construções ao seu redor, enaltecendo a arquitetura do próprio bairro. A edificação conta com 14 andares e todas as funcionalidades de um Sesc, como áreas reservadas a esportes, a cultura e a alimentação — além de uma piscina no terraço, destinada aos sócios. Janelas de vidro permitem que se observe os traços da cidade.
Foto: reprodução ArchDaily/Nelson Kon
Foto: reprodução ArchDaily/Nelson Kon
Também em São Paulo, o novo prédio do Instituto Moreira Salles foi desenhado para abrigar um museu em plena Avenida Paulista. Ele concentra dois interesses principais: as salas de exposições que concentram o programa do museu e explora o urbanismo do seu contexto urbano, em uma das principais vias do país. O prédio também leva auditório, salas de aula e espaço multimídia. Para aproveitar seu entorno, o térreo do edifício fica a quinze metros do chão, criando um observatório para a avenida icônica. É assinado pelo escritório Andrade Morettin Arquitetos. 

Outros finalistas

Os quatro outros finalistas ficam nos Estados Unidos, Peru e México e também concentram usos culturais e educativos.
O Prédio E da Universidade de Piura, assinado pelo escritório Barclay & Crousse Architecture, fica na cidade de Piura, no Peru. Sua estrutura cria salas de aula conectadas e espaços abertos que favorecem um aprendizado diferente e lúdico.
O Museu Smithsonian de História e Cultura Afro-americana, em Washington, nos Estados Unidos, é assinado por Freelon Adjaye Bond em parceria com Smith Group. O diferencial do prédio são suas paredes inclinadas em cobre, que proporcionam uma experiência única na exploração da riqueza da cultura afro-americana.
Em Cuernavaca, México, o Centro Cultural Teopanzolco foi projetado pela Isaac Broid + PRODUCTORA. Ele é vizinho a uma pirâmide da era pré-hispânica. O centro cultural é composto por um auditório de 800 lugares e salas de exposição e performance. Sua cor de areia dialoga com o contexto local, e a estrutura permite a observação dos arredores de forma privilegiada.
O último finalista também é norte-americano: o prédio True North, assinado pelo escritório EC3, fica em Detroit. São construções compostas por estruturas industriais de aço galvanizado ondulado que servem como edifícios de aluguel para famílias de baixa renda. A estrutura conta também com um jardim comunitário compartilhado.

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