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Arquitetura
Amazônia vai ganhar biblioteca flutuante baseada na bioarquitetura
Foto: Reprodução | Reprodução
Uma biblioteca comunitária e flutuante para os ribeirinhos da Amazônia. Essa é a mais nova proposta do Atelier Marko Brajovic, divulgada nos últimos dias. A Biblioteca Comunitária Flutuante no lago Mamori foi desenvolvida em colaboração com a comunidade local e pretende ser uma referência para a construção sustentável e educação ambiental.
Pesquisas em design e arquitetura na região fazem parte da rotina do atelier há quase 20 anos. E, neste tempo, a equipe de Marko Brajovic observou os principais problemas locais. A população do lago Mamori é de cerca de dois mil habitantes, grande parte crianças. No projeto uniu-se duas necessidades: o acesso das crianças à educação e o teste de tecnologias e materiais que respeitem o ecossistema amazônico.
O uso de materiais industrializados e de técnicas construtivas que não são as tradicionais dos povos indígenas resultaram em tipologias arquitetônicas que não atendem às condições climáticas e desgastam a qualidade de vida da cultura local. "Nosso projeto apresenta um protótipo de arquitetura experimental com uso de materiais locais e reciclados", explicou o arquiteto em entrevista ao Archdaily.
A infraestrutura é simples, porém eficaz. Ele abriga uma biblioteca para crianças e adultos com uma seleção de livros relacionados à preservação cultural e natural, ecologia, tratamento de resíduos sólidos e reciclagem.
Ainda de acordo com o Archdaily, a biblioteca será administrada localmente pela líder feminina da comunidade e atualizada com livros da ONG Vaga Lume, que começará já com uma doação de 200 livros e, a cada ano, um novo suprimento de 100 livros.
O projeto, que está em construção, tem parceria com o programa do Goethe Institut e Prince Claus Fund, colaboração da bióloga e biomimetista Alessandra Araujo, do Bio-inspirations, da Nacho Marti.
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*Via Archdaily Brasil.