Arquitetura

Aniversário de São Paulo: conheça seis ícones arquitetônicos da capital paulista

HAUS
25/01/2019 14:12
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Foto: Wikimedia Commons

A cidade de São Paulo completa nesta sexta-feira (25) seus 465 anos. Maior metrópole do país, a capital paulista concentra muitos dos ícones arquitetônicos brasileiros, sendo destino ideal para quem deseja apreciar o que a produção nacional tem de melhor.
HAUS selecionou seis deles, cujos projetos se confundem com a própria história da cidade. Confira!

Parque Ibirapuera

Foto: Nelson Kon/Galeria da Arquitetura/reprodução
Foto: Nelson Kon/Galeria da Arquitetura/reprodução
Um dos endereços mais visitados por moradores e turistas na capital paulista devido a sua extensa área verde, o Parque Ibirapuera pode ser entendido também como uma espécie de museu a céu aberto dedicado a Oscar Niemeyer. Isso porque o endereço concentra cinco edifícios culturais que levam a assinatura do arquiteto e exaltam as formas orgânicas executadas em concreto armado que marcam sua produção. São eles: Museu Afrobrasil, Oca, Auditório, Pavilhão das Culturas Brasileiras, Pavilhão da Bienal e o Museu de Arte Moderna (MAM).
Foto: Wikimedia Commons
Foto: Wikimedia Commons
Contratado em 1951 pelo governo de São Paulo, o projeto foi inaugurado em meados de 1954, sete meses após o aniversário de 400 da capital, e contempla uma área de 1,5 milhões de m² com 27 mil m² de área construída.

Edifício Copan

Um dos mais emblemáticos prédios de São Paulo, o Edifício Copan também leva a assinatura de Oscar Niemeyer, que teve a colaboração de Carlos Alberto Cerqueira Lemos no desenvolvimento do projeto.
Foto: Wikimedia Commons
Foto: Wikimedia Commons
Ícone do processo de crescimento e verticalização da cidade nos anos 1950, o prédio abriga 1.160 apartamentos distribuídos em seis blocos e mais de 70 lojas em um dos maiores projetos em concreto armado do país, com 115 m de altura e mais de 100 mil m² de área construída.

Masp

Foto: reprodução/The Photographer
Foto: reprodução/The Photographer
O prédio que há meio século é um dos maiores centros culturais brasileiros é obra da arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi, além de ser um dos mais famosos exemplares do modernismo nacional. “Aquelas vigas foram uma solução bastante engenhosa, vencer aquele vão exigiu um cálculo especial e um material de resistência, para manter de pé”, opinou Ricardo Ohtake na ocasião do aniversário de 50 anos do edifício.
Uma das curiosidades é que a icônica cor vermelha nas vigas veio muito depois: a pintura em vermelho é, na realidade, um revestimento que evita o desgaste do prédio.
Masp em 1970, com colunas ainda sem o tradicional revestimento vermelho. Foto: reprodução/São Paulo In Foco
Masp em 1970, com colunas ainda sem o tradicional revestimento vermelho. Foto: reprodução/São Paulo In Foco
Um dos maiores cartões-postais de São Paulo, o prédio do Museu de Arte de São Paulo (Masp) se tornou um ponto de encontro a partir do vão livre, que tem vista para a Avenida 9 de Julho. A democratização do local vem também de outra ideia de Lina, esta para o espaço expositivo. Grandes áreas abertas fazem com que os quadros saiam das paredes e flutuem em seus cavaletes de vidro, desenvolvidos pela arquiteta, que estavam presentes em 1968 e foram retomados pela atual administração do Masp, em 2015.

Edifício Banespa

Cartão-postal de São Paulo, o Edifício Altino Arantes, mas conhecido como Edifício Banespa ou “Banespão”, chama atenção não somente pela sua imponente arquitetura, mas também pelo papel que assumiu na capital paulista. Fechado por dois anos para reformas, o prédio foi reaberto no início de 2018 para abrigar o Farol Santander, moderno centro de cultura, entretenimento e lazer.
Foto: F. J. Jarabeck/Flickr/Wikimedia Commons/Reprodução
Foto: F. J. Jarabeck/Flickr/Wikimedia Commons/Reprodução
Construído em 1939 para ser a sede do Banco do Estado de São Paulo (extinto Banespa) e inaugurado oito anos depois, o edifício é considerado o ‘Empire State’ brasileiro por seu estilo art déco, que lembra o do famoso prédio nova iorquino.

Casa de Vidro

A densa vegetação presente no lote de número 200 da Rua General Almério de Moura, na Vila Tramontano, pode até disfarçar a importância dele para os mais desavisados, mas basta um olhar um pouco mais atento para se dar conta de que ele guarda uma joia da arquitetura brasileira: a famosa Casa de Vidro.
Foto: Sharon Abdalla/Gazeta do Povo
Foto: Sharon Abdalla/Gazeta do Povo
Também assinada por Lina Bo Bardi, a famosa construção data da década de 1950 e é outro dos ícones do modernismo brasileiro. Tirando partido do desnível natural do terreno, a implantação da área social do imóvel sobre pilotis de aço preenchidos com concreto faz com que ela pareça ‘flutuar’, sensação potencializada pelos grandes janelões em vidro que servem de fechamento ao espaço em forma de “U”.
Residencia da arquiteta ítalo-brasileira e de seu marido, Pietro Bardi, até os anos 1990, quando faleceram, a história da casa se confunde com a da obra e da vida do casal, que fazia dela um ponto de encontro dos intelectuais da época. Atualmente, o imóvel abriga a sede do Instituto Lina Bo e P.M. Bardi, que tem por objetivo promover o estudo e a pesquisa nas áreas de arquitetura, design, urbanismo e arte popular brasileira.

Sesc Pompeia

Outra obra de Lina Bo Bardi na capital, o brutalista prédio que abriga o Sesc Pompeia é, na verdade, parte do projeto de retrofit de uma antiga fábrica de tambores que funcionava no local. O prédio foi inaugurado em 1982 e traz dois prédios — ligados por oito passarelas de até 25 metros — feitos em concreto armado e que recebem as atividades esportivas do complexo.
Foto: reprodução/SESC
Foto: reprodução/SESC
Já as casas, onde antes funcionava a fábrica, recebem as áreas de convivência, como cursos, exposições, shows e gastronomia. A obra também incluiu todo o mobiliário do Sesc, o que na época foi tido como revolucionário. Atualmente, mais de 5 mil pessoas circulam nas dependências do espaço diariamente — mais de 1,5 milhão por ano.
Casas que costumavam ser a fábrica de tambores já estavam abandonadas na década de 1970. Foto: reprodução
Casas que costumavam ser a fábrica de tambores já estavam abandonadas na década de 1970. Foto: reprodução
O prédio é patrimônio cultural protegido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 2015, e tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) desde 2009.

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