Climatização

Arquitetura

O que você precisa saber para instalar ar-condicionado em casa?

Giovana Martino*
03/12/2021 12:23
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Muitas são as vezes que os projetos de arquitetura se empenham para fugir dos sistemas forçados de refrigeração a partir de estratégias passivas que amparam a ventilação cruzada e o controle de insolação e ganho de calor. A implantação da construção, o posicionamento de aberturas, os brises e elementos de sombreamento são a chave para reduzir o uso de ar-condicionado, porém, em algumas situações, essas estratégias não são suficientes para vencer as altas temperaturas e é necessário recorrer às tecnologias de refrigeração. Entenda o que é e como incluir o ar-condicionado em sua casa de maneira discreta e eficiente.
De forma geral, o ar-condicionado consiste em um sistema mecânico que recolhe o ar quente, resfria e joga o ar gelado para o ambiente. Para isso, apresenta, geralmente, equipamentos principais como a condensadora e a evaporadora, a primeira sendo responsável pelo resfriamento e, a segunda, pelas trocas de ar. Essa lógica pode mudar de acordo com os diferentes sistemas de ar-condicionado, seja ele central, split, de janela ou portátil.
Amplamente utilizado em projetos de edifícios de escritórios, nos novos projetos comerciais é comum a previsão de um sistema de refrigeração central que abarque todos os pavimentos na forma de um projeto complementar de ar-condicionado, executado por um profissional especializado. Esses sistemas centralizados consistem em uma potente unidade condensadora e diversos evaporadores interligados. Porém, há a opção de um sistema de dutos, no qual os evaporadores interligam-se por dutos de ventilação que podem ser discretamente incluídos nos ambientes internos a partir do rebaixo do teto.
Já nos projetos residenciais, o uso de ar-condicionado é mais específico. Em geral, as pessoas optam por instalar o ar-condicionado nos ambientes sociais, como as salas de estar e jantar, e também nos dormitórios e escritórios. Em muitos casos, essa instalação acontece depois do edifício já estar concluído, o que limita a escolha do tipo de sistema de ar-condicionado a ser utilizado. O mais usual para casas e apartamentos é o tipo split, que apresenta uma unidade interna, chamada de evaporadora, e uma unidade externa, a condensadora. Além desses dois elementos, há uma tubulação que integra ambas as máquinas e um dreno que escoa a água da evaporadora.
Independentemente se em uma casa em construção ou em um apartamento já construído, é importante pensar no posicionamento de todos esses equipamentos. A evaporadora apresenta uma série de regras que variam de acordo com o fabricante, o modelo e o volume de ar que se pretende resfriar, relativo à área dos ambientes. De modo geral, precisam ser postas em lugares altos e bem localizados e não podem ficar confinadas.
A tubulação que conecta as duas máquinas não é de grande porte, mas seu trajeto precisa ser previsto e também é necessário pensar em como resguardá-lo, já que não é comum deixá-lo à mostra. Em geral, opta-se por algum tipo de sanca ou forro que acompanha todo o caminho, da evaporadora até a condensadora. O mesmo vale para o dreno. Algumas pessoas optam por colocar vasos para reaproveitar a água, mas é mais comum retirar essa água do local.
Outra opção menos comum para o resfriamento residencial é o uso do ar-condicionado dutado com split, que usa dutos metálicos para se conectar com evaporadoras split potentes e, assim, garantir um acondicionamento uniforme em todas as áreas. Essa opção envolve o rebaixo do teto por meio de forro para amparar os dutos ou sua incorporação em marcenaria planejada.
A escolha por qual sistema de ar-condicionado utilizar em sua residência varia de acordo com a área que se quer resfriar, o investimento que se quer fazer e também as opções disponíveis no mercado. Ainda assim, é importante resguardar que, apesar da eficiência dos aparelhos atuais (que prometem economia de energia), as estratégias passivas de projeto são fundamentais para o conforto térmico, mais econômicas e menos impactantes ao meio ambiente e, portanto, não devem ser substituídas.
*Giovana Martino, para o Archdaily Brasil

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