Arquitetura

Asilo recria bairro dos anos 1940 para moradores que sofrem de Alzheimer

Stephanie D'ornelas
21/12/2017 21:00
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Lantern of Chagrin Valley reproduz atmosfera de tempos remotos nos Estados Unidos. Fotos: Reprodução

Pessoas com doença de Alzheimer e demência podem esquecer parte de seu passado recente, mas costumam lembrar da maior parte de seus anos da juventude. Para muitos idosos, isso representa a década de 1940. Com o intuito de confortar e criar um ambiente acolhedor para essas pessoas, um asilo no estado de Ohio, nos Estados Unidos, recriou o ambiente de um bairro americano dessa época. A pequena vila, chamada Lantern of Chagrin Valley, tem casas com varandas, salão de beleza, espaços de convivência e até um cinema.
Até mesmo as cores das paredes foram planejadas para reproduzir casas da época da maneira mais fiel possível.
Até mesmo as cores das paredes foram planejadas para reproduzir casas da época da maneira mais fiel possível.
O teto do local é pintado como o céu e possui fibras óticas que imitam a luz do dia e os céus estrelados, dependendo do horário. O chão reproduz um gramado e alto-falantes emitem o som de pássaros. Tudo para que os residentes se sintam verdadeiramente em uma residência externa. “Cada pequena coisa que você vê, a cor da parede, a tinta, na verdade tem um benefício, um valor terapêutico”, disse o CEO e terapeuta ocupacional do espaço, Jean Makesh, em entrevista ao News-Herald.
Instalação abriga 82 residentes e 65 funcionários.
Instalação abriga 82 residentes e 65 funcionários.
Fragrâncias calmantes, como hortelã e incenso, são espalhados no ar da vizinhança. No horário das refeições, aromas apetitosos adentram o recinto, para lembrar aos moradores que eles precisam comer e restaurar o apetite. O asilo garante que os idosos tenham muitas atividades que os mantenham ocupados, como noites familiares, clubes de culinária, massagens e viagens de compras semanais.
Objetivo do local é transmitir serenidade e alegria aos residentes.
Objetivo do local é transmitir serenidade e alegria aos residentes.
A ideia do asilo inusitado surgiu depois que Makesh descobriu que ambientes controlados ajudam a reduzir raiva, ansiedade e depressão em pacientes com demência e Alzheimer. O terapeuta acredita que a vivência em ambientes do tipo, aliado a tratamento físico e psicológico, pode diminuir a progressão da doença. “Eu crio uma cápsula do tempo. Isso lhes permite abraçar tudo ao seu redor “, afirma.
*Especial para a Gazeta do Povo.

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