Arquitetura

Casa Cor pelo Brasil: mostra do Rio de Janeiro tem cor, bossa e frescor

Daliane Nogueira
05/10/2015 01:00
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Cores vibrantes e ambientes conceituais traduzem o jeito carioca de morar na Casa Cor Rio de Janeiro. O ambiente da foto é o Foyer da Villa, assinado por Jimmy Bastian. Fotos: André Nazareth’ / Divulgação

Despojado, contemporâneo e cheio de frescor, esse é o jeito carioca de morar e a Casa Cor Rio de Janeiro, que chega à sua 25ª edição mostra essas características em todas as suas formas, com projetos tradicionais e outros cheiros de contrastes.
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A exposição fica aberta até o dia 13 de outubro, mas, se você não vai até a Cidade Maravilhosa neste período, a HAUS mostra para você todos os 41 ambientes instalados na Villa Aymoré, um conjunto arquitetônico eclético construído entre 1908 e 1910, para a burguesia da época. Localizado no charmoso bairro da Glória, o conjunto, que reunia dez casas, ficou abandonado por muitos anos. Somente em 2010, as nove casas, que resistiram ao tempo, foram restauradas e passaram a abrigar escritórios-boutique.
Com cinco mil metros quadrados, a escolha da vila como sede do evento reflete a característica da Casa Cor de acompanhar tendências, em um momento em que o Rio começa a revitalizar seus espaços e ocupar prédios antigos.
Veja abaixo as fotos e a descrição de todos os ambientes da Casa Cor Rio de Janeiro
Quarto da Amante, de Adriana Ferraz e Cristiana Galvão.
O papel de parede lembra uma renda sobreposta a um espelho. A linha de aparadores Cavalinho é outro destaque e cria um espaço para ler e escrever cartas de amor. A iluminação em LED valoriza as linhas da estante em madeira.
Imersão Delonghi e Kenwood , por Alessandro Sartore e João Marcelo Schiewe.
A grande estrela é a bancada de 13 metros de comprimento criada por Sartore. Executada em pinus, é espaço de preparo e degustação de chás, depois um sorvete feito com eletrodomésticos da Kenwood, com nitrogênio líquido, ou um cafezinho. Aliás, a Itália da Delonghi, empresa que fabrica máquinas de café espresso, pode ser vista nas projeções mapeadas nas paredes. Peças de antiquário interrompem a bancada e criam um ambiente ainda mais acolhedor.
Garçonnière, por André Piva e Vanessa Borges
O livro La Garçonne, de Victor Margueritte, escandalizou a sociedade dos anos 1920 e inspira o ambiente, refúgio de encontros com a arte, a música, a literatura e os amores avulsos. A arquitetura original foi mantida e abriga tanto antiguidades como poltronas de Jorge Zalszupin e Ricardo Fasanello. André assina a estante, o sofá e desenhou o tapete feito à mão na índia. As paredes revezam papéis e textura cimentícia.
Escritório da Chef, por Andrea Duarte e Anna Malta
Em homenagem a Roberta Sudbrack, o espaço integra as funções de trabalho, descanso e estar. Papéis de parede com efeitos surrealistas são o pano de fundo para a estante com portas em palha. Na paleta de cores, predominam o verde petróleo e o bois de rose, além do cinza.
Refúgio da chef, por Guilherme Portugal e Karyne Lima
A dupla, do Rio Garden Design, criou uma espécie de pocket park que funciona como um pequeno oásis urbano. O espaço inclui uma horta vertical plantada em uma escada criada por eles.
Sala de Leitura, por Bel Lobo, Bob Neri e Mariana Travassos
A liberdade é citada nos móveis soltos, sem muitas regras. Os tons são neutros, passando pela madeira clara e crua do pinus, o preto, o cinza e o branco, pontuados com algum colorido. Quase todas as peças são lançamentos da própria m.o.o.c, a marca de móveis criada por Bel Lobo: estantes, mesas, bancos, banquinhos, escrivaninha e gaveteiros.
Paisagismo Sala de Leitura, por Fernando Acylino
A varanda da Villa Tamoyo foi transformada em um pequeno jardim. Numa parte recuada do muro, caixas de aço corten receberam espécies brasileiras que disfarçam a aridez do muro e evidenciam a arquitetura da fachada.
Loft da Chef, por Bianca da Hora
No espaço de 65m², o centro das atenções é a área gourmet. O ambiente quase sem paredes e com uma pegada industrial abriga a mesa de jantar em madeira de demolição, que se une à ilha de trabalho. Cadeiras diferentes reforçam o clima cool. No piso, foi aplicado PVC reciclado. E os armários mesclam acabamentos originais, como basalto, que imita lava petrificada; canyon, com efeito 3D; e cydonia, levando a tendência do nude para a decoração da cozinha.
Sala de Morar, por Bitty Talbot e Cecilia Teixeira
O piso é o original da casa, em ipê. Nas paredes, um falso lambri foi criado com tiras em MDF, instaladas do piso ao teto e pintadas de branco. A marcenaria desenhada pela dupla traz o estilo atemporal do escritório, que também elegeu acessórios que sobressaem diante da base neutra, composta de branco, cinza e madeira.
Ao Ganso Azul Bar, por Bruno Carvalho e Camila Avelar
Piso e teto de cimento foram mantidos para abrir espaço ao lounge, transformado em laboratório de experiências sensoriais. Livros encaixados compõem um enorme painel atrás do bar.
Apartamento do Jovem de 50 anos, por Caco Borges
O home office se une à gourmeteria e ao hobby de colecionar fotografias – aqui, elas são de Sergio Zalis e Renan Cepeda. Cadeiras Lattoog acompanham a mesa multifuncional, desenhada pelo profissional.
Loja da Villa, por Camilla Bortolini e Priscilla Campos
Um jovem morador decide transformar a sala de estar numa loja onde vende peças garimpadas em viagens. Esse é o imaginário presente no espaço, dividido em estar e área íntima de trabalho. Na sala, domina o estilo contemporâneo, com paredes de concreto que formam um fundo neutro para o mix de peças que dialogam com o clássico e estampas graficas. A tela Luz de Maio, de Nicholson, é a única obra de arte – tudo para que os objetos ganhassem destaque.
Sobrado Studio ro+ca, por Carlos Carvalho e Rodrigo Beze
O lado mais cru do espaço é exibido em paredes destruídas e tubulações aparentes. Mas a “economia” no acabamento foi revertida para os móveis de design assinado. As peças são de autoria de Jader Almeida, como a estante Clip, as luminárias de Jader e de Tom Dixon, as criações de Marcus Ferreira e Jorge Zalszupin.
Escritório da Galerista, por Chico Viana e Guido Sant´Anna
O estar reúne a poltrona Presidencial, de Jorge Zalszupin, a mesa de centro Arcos, de Ricardo Fasanello, e o aparador Alen, de Flávio Borsato e Maurício Lamosa. A base cromática neutra, com acentos de notas cítricas, também compõe o fundo para obras de arte de Nelson Leirner, Miguel Rio Branco, Carlito Carvalhosa e Waltercio Caldas, com curadoria de Silvia Cintra.
Paisagismo, por Raphael Costa Bastos
Como é um caminho de grande circulação, Raphael salpicou espécies entre o muro de arrimo e a construção, para tornar o percurso visualmente mais leve. “É uma forma de quebrar a aridez do espaço”, conta o profissional, que executou um paisagismo denso e aconchegante em tons próximos aos da construção.
Lounge Renault, por Duda Porto
O projeto tira proveito da paisagem e da vista para o Cristo. Tudo se desenvolve a partir da estrutura metálica que cria um espaço de 72m². Para apoiar a estrutura em aço, foi construído um muro de gabião, que consiste em uma cesta de arame recheada de pedras habitualmente aplicado em contenção de estradas. Além de guardar o carro, o ambiente reserva um living mobiliado com sofá Miele, poltrona Queen e mesa lateral Cross.
Praça das Jabuticabeiras do Lounge Renault, por Duda Porto
O espaço, que vai receber food trucks como o de Roberta Sudbrack, é assinado por Duda Porto em conjunto com a Landscape Jardins. Os bancos em cumaru compõem um pequeno estar.
Emporium Lapinha, por Edgard Octavio
Neste projeto de armazém, o profisisonal utiliza recursos simples, como um papel de parede com textura de tijolos vermelhos. Já a parede oposta foi revestida com papel craft, que ganhou outro status e faz referência aos saquinhos de papel utilizados na embalagem dos produtos. Sabonetes, geleias e comidinhas orgânicas ficam expostos em móveis de estilo rústico, que reforçam o ar de mercearia.
Quarto Solar, por Emmilia Cardoso
A estante geométrica, à esquerda na imagem, foi desenhada por Emmilia e executada pela Líder Interiores, que forneceu quase todos os móveis – incluindo a poltrona Concha, lançamento do estúdio Nada se Leva. Já a escada rústica é da Rug Hold.
Recepção, por Erick Figueira de Mello
O azul está em todas as paredes e, como num imenso céu, pairam mil gaivotas de papel – dobradas uma a uma com precisão cirúrgica no escritório do profissional. Erick projetou ainda banquinhos que ganharam almofadas feitas em tear para que, em caso de fila, as pessoas possam esperar confortavelmente. O paisagismo ficou a cargo de Daniela Infante, incluindo duas palmeiras na entrada e uma folhagem exuberante sob a escada, desenvolvida em aço corten.
Café da Vila, por Gabriel Sabugosa
No Edifício Baronesa, o prédio em estilo contemporâneo da Villa Aymoré, Gabriel apostou em um ambiente supermoderno que proporciona uma viagem entre épocas e estilos. Para isso, investiu em peças de renomados designers brasileiros, como Paulo Mendes da Rocha, Jader Almeida, Aristeu Pires, Etel Carmona. Uma das paredes foi revestida em tijolo brique lisser na cor neve. A bancada em formato de trapézio também rouba a cena. Feita em corian, ela tem seis metros de comprimento sem nenhuma junta. E metade dela está totalmente em balanço, o que gera a sensação de leveza e continuidade.
Lab LZ by GT, por Gisele Taranto
Este laboratório de ideias convida a pensar nas formas de habitar e viver. Localizado na Villa Iracema, a última das nove casas da Villa Aymoré, o ambiente tem tons mel, própolis, cera e urucum em homenagem aos lábios de mel de outra Iracema, a do romance de José de Alencar. Na biblioteca, estantes com desenho de Gisele dialogam com peças de Flávia Pagotti, Maurício Arruda, Maneco Quinderé. É dele a luminária Jabuticaba. Em primeiro plano, no lounge, o sofá Lego, do Estúdio Bola, ganha almofadas com tecidos da designer italiana Patricia Urquiola para Kvadrat, além de peças de Jader Almeida e Piero Lissoni.
Home Office da Designer, por Guilherme Osborne e Claudia Souza Santos
Na parede lateral, venezianas em couro foram instaladas. A marcenaria é clara e contrasta com a pedra, a madeira rústica, o acrílico e o aço corten em algumas peças. No mobiliário, o destaque é o tampo da mesa que reutiliza madeira de demolição de castelos franceses. As luminárias cimentícias são criações da dupla, que também incorporou ao projeto fotografias de Ene Goes e Bernard Pras, aquarelas de Felipe Barbosa e o trabalho com latas e materiais reciclados de Raimundo Rodrigues.
Paisagismo do Jardim do Home Office da Designer, por Fernando Acylino
Neste jardim, cachepôs de madeira foram pintados de forma que parecem uma grande jardineira. Eles foram preenchidos com espécies bem brasileiras.
Escritório Multiuso, por Jairo de Sender
Os ambientes atendem à rotina de trabalho, lazer e moradia de um investidor apaixonado pelo mercado de arte. O prata marca presença e remete às bodas de 25 anos do evento, enquanto o dourado já convida a celebrar as bodas de ouro daqui a 25 anos. Os tons vêm nos papéis de parede, no piso metalizado do lavabo e closet, nas estantes do escritório, em detalhes de revestimentos do closet e na sala de banho. Nuances de vinho e turquesa deixam o espaço ainda mais festivo. As poltronas Manhattan e Aurea e as mesas Basilica e Kend compõem o décor, que também destaca o aquário instalado em uma das paredes.
Varanda, por Darcy Brouck e Jairo de Sender
O jardim é inspirado nas aventuras amorosas de D. Pedro I e fica na entrada da Villa Moema, onde está o espaço de Jairo. As palmeiras Laca, espécie nobre vinda da Malásia, são um destaque, assim como a pérgola. O paisagismo de Darcy, do Horto das Palmeiras, também investe na cobertura verde em uma das paredes laterais, empregando um substrato especial que substitui a terra. A irrigação é automatizada.
Foyer da Villa, por Jimmy Bastian Pinto
Predominam o verde e o azul das praias e lagoas cariocas, neste espaço que é meio lobby de hotel, meio galeria, repleto de referências à história da cidade e ao bom humor local. A história do Rio é contada nas capas e anúncios da Revista Careta, dos primeiros anos da República, e no mobiliário modernista dos anos 1950 e 1960, em peças do designer Sérgio Rodrigues e do arquiteto Oscar Niemeyer.
Atelier 35 A, por Lia Siqueira
A base é neutra, com piso em mármore melania e paredes brancas com rebatedores de luz. O projeto de iluminação de Maneco Quinderé previu luminárias Ani nas estantes e os pendentes Olhos de Cobre. Na sala de banho, o visitante encontra lançamentos como a cuba dupla em louça com misturadores em cobre red gold, além dos misturadores Pinha, assinados por Lia.
Restaurante Glória 25 Bis, por Luiz Fernando Grabowsky
Localizado no prédio onde ficava o Hotel Turístico, logo no início da Villa, o ambiente tem portas e sacadas de pé-direito alto e 200 m². A ideia foi ousar e fazer uma ambientação residencial, com uma cartela de cores quentes. Assim, o Glória 25 Bis (referência ao aniversário da CASA COR RIO) traz todos os ambientes integrados como num grande living – área de refeições, lounge e uma cozinha aberta. No restaurante, Grabowsky elegeu três modelos de cadeiras e mesas em madeira, vidro e laca. Os revestimentos também variam, como linho, algodão e o couro, matéria-prima de jogos americanos exclusivos.
Joalheria Aymoré, por Marcella Bacellar
O ambiente foi redesenhado pela estrutura de madeira em malha, que compõe a fachada interna, das paredes ao teto. Além da geometria, o pinus natural que serve de matéria-prima da marcenaria define o estilo do espaço, que também foi paginado com um parquet exclusivo. O sofá Otto, de Guilherme Torres, cria um estar acolhedor e divide a cena com peças dos designers Phillipe Starck, Gustavo Bittencourt, Tadeu Paisan e do Ovo Design. Carmela Nardiello assina a iluminação cênica, e a obra em papel emoldurada na parede marmorizada é de Clara Veiga.
Jantar à Carioca, por Mariana Dornelles e Stéfano Barino
O clima tropical é trazido pelo papel de parede coral. A mesa em vidro, batizada de Ela é Carioca, ganha diretamente no tampo a estampa de uma bela paisagem da cidade. A bebida fica disponível no bar suspenso por cabos de aço – uma criação da dupla. No mix de cadeiras, foi incluído o modelo Lenzi, de Zanini de Zanine, em palhinha.
Casa dos Cocares, por Marina Linhares
A Villa Kiriri foi transformada neste espaço, cujo nome vem dos Kokares da Olho, produzidos com sementes e cascas pelo Coletivo Amor de Maria em homenagem à diversidade das tribos indígenas brasileiras. Eles aparecem em pontos diversos da sala de estar, que ocupa boa parte dos 110m². O mobiliário faz um mix de antiguidades francesas e portuguesas com algo de modernismo, como na poltrona Bowl, de Lina Bo Bardi, e o contemporâneo na escrivaninha Antonia, desenhada por Marina.
Pátio da Casa dos Cocares e da Garçonière, por Adriana Fonseca
O paisagismo de Adriana criou um recanto verde com o uso de madeira, barro, ferro e vegetação pendente. O grande painel com madeira cruzeta surge da reciclagem de antigos postes de energia elétrica. O mobiliário escolhido inclui o banco Guapig, de madeira Pekuiá.
Estúdio dos Colecionadores, por Maurício Nóbrega
Embora prevaleça o contemporâneo, a identidade original da arquitetura da Villa Guarany está lá, intacta. O living, pensado para um casal de marchands que vive e trabalha ali, é aconchegante e tem espaço de sobra para expor livros e a coleção de arte. Para contrastar com os elementos clássicos da casa, a opção foi um piso cimentado no tom fendi e o revestimento de telhas metálicas nas paredes. A mesa de centro em mármore calacata gold foi desenhada por Maurício.
Living da Praia, por Paola Ribeiro
Como a escadaria não será usada pelo público, Paola a transformou em uma grande instalação com livros do chão ao teto. A reedição da poltrona da coleção Viés, da designer modernista Aída Boal, foi abraçada pelo espaço, que mescla peças contemporâneas e antiguidades. A parede logo atrás recebeu um papel de parede com estampa que imita venezianas, em referência aos janelões do ambiente. A bancada do bar foi executada em Dekton, parecido com o mármore.
Jardim da Frida Kahlo, por Paula Bergamin
Em Coyoacán, a pintora Frida Kahlo mantinha seu ateliê de frente para um jardim. Foi inspirada nessa história que Paula criou esse ambiente que integra áreas de trabalho e de contemplação com o colorido mexicano, em diálogo com a essência de um Rio imperial. Cactáceas e suculentas, entre outras espécies mexicanas, foram incorporadas por serem adaptadas ao clima brasileiro.
Banheiro de Estar, por Paula Neder e Luiza Pedral
A penteadeira Caetano, de Aristeu Pires, é complementada pelo espelho Chuva, com design de Leo Romano. O estar esbanja conforto com o sofá Carbono, de Marcus Ferreira, e as mesas laterais Y, de Jader Almeida. Luminárias Galileu, de Marco Ficarra; Aero e Bob, de Baba Vacaro; e Kokeshi, do escritório francês A+A Cooren, compõem a iluminação, que inclui fitas de LED instaladas na boiserie, seguindo o projeto luminotécnico feito em parceria com Chean Yok. As obras de arte têm curadoria de Vanda Klabin.
Home office da Fotógrafa, por Pedro Paranaguá
Este ambiente colorido e romântico abriga moradia e espaço de trabalho de uma jovem antenada, com office, closet, cozinha com mesa de jantar (que também pode ser usada para reuniões) e estar, distribuídos em 86m². A circulação foi transformada em galeria para as fotos de Maritza Caneca.
Espaço Memória, por Raf Arquitetura e Lafem Engenharia
Aqui se conta a história do processo de restauro das nove casas da vila, evidenciando a relação entre novo e antigo ao abordar o conceito da intervenção. A arquitetura em estilo eclético do início do século 20 é o destaque do ambiente, que ganha mobiliário contemporâneo e flexível para expor os achados arqueológicos encontrados durante a obra, além das fotos que mostram todo o processo. A iluminação pontual reforça os ares de galeria.
Estúdio do Restaurador, por Raphael Costa Bastos
Em homenagem a Arnaldo Danemberg, Raphael foi fundo no baú do antiquário e dele tirou mais de cem peças, entre móveis e objetos, distribuídos no ambiente de 100m². O resultado do garimpo é valorizado diante da base trabalhada em tons pastéis e amendoados (como boa parte dos móveis de madeira), além do piso de cimento queimado. O diálogo com o presente se afirma na inserção de móveis contemporâneos de Jader Almeida, Carlos Motta e Pedro Useche na ambientação.
Sala de Estar Bela Arte, por Ricardo Melo e Rodrigo Passos
Estampas, texturas e formas dos materiais dos anos 1970 e 1980 foram o ponto de partida. A estante-bar-escrivaninha, criação da dupla, reverencia o trabalho de Sérgio Rodrigues. O designer, aliás, está presente com duas poltronas: Beg e Jimi, representantes ao lado da Beijo, de Maurício Klabin, do mobiliário da época. Mas o ambiente também reserva espaço para móveis contemporâneos como o sofá Mariposa, da Vitra, e a mesa de centro Duas Cores. Sob curadoria de Álvaro Figueiredo, foram reunidas obras de arte de Daniel Lannes, Jonas Aisengart, Rafael Alonso, Alvaro Seixas e Osvaldo Carvalho.

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