Neste 8 de
março de 2022, Dia Internacional da Mulher, justamente o ano em que o Conselho
de Arquitetura e Urbanismo completa uma década de existência, e quando
celebramos os 90 anos da conquista do voto feminino, nós, arquitetas e
urbanistas, dirigimo-nos a todas as profissionais da Arquitetura e Urbanismo
paranaenses nesta Carta Aberta.
março de 2022, Dia Internacional da Mulher, justamente o ano em que o Conselho
de Arquitetura e Urbanismo completa uma década de existência, e quando
celebramos os 90 anos da conquista do voto feminino, nós, arquitetas e
urbanistas, dirigimo-nos a todas as profissionais da Arquitetura e Urbanismo
paranaenses nesta Carta Aberta.
Queremos nos manifestar defendendo uma maior e mais efetiva participação das mulheres nos Conselhos de Arquitetura e Urbanismo e em outros órgãos da sociedade organizada, assim como no processo político eleitoral de 2022 e na vida política nacional.
Desde sua
criação, o CAU/PR já teve 27 mulheres exercendo o cargo de conselheira. Destas,
uma presidente na gestão anterior; e, na atual gestão, sete conselheiras
titulares e sete conselheiras suplentes, dentre elas a vice-presidente. O
número de mulheres que participam do conselho vem aumentando gradualmente a
cada eleição, mas precisamos incrementá-lo inda mais.
criação, o CAU/PR já teve 27 mulheres exercendo o cargo de conselheira. Destas,
uma presidente na gestão anterior; e, na atual gestão, sete conselheiras
titulares e sete conselheiras suplentes, dentre elas a vice-presidente. O
número de mulheres que participam do conselho vem aumentando gradualmente a
cada eleição, mas precisamos incrementá-lo inda mais.
Em 2019 foi
criada a Comissão Temporária de Equidade do CAU/PR, tendo como principal função
o engajamento das profissionais, a busca por igualdade e a proximidade com as
problemáticas em relação às cidades, universidades, mercado de trabalho e
cotidiano.
criada a Comissão Temporária de Equidade do CAU/PR, tendo como principal função
o engajamento das profissionais, a busca por igualdade e a proximidade com as
problemáticas em relação às cidades, universidades, mercado de trabalho e
cotidiano.
Já a Comissão Temporária de Equidade de Gênero do CAU/BR
divulgou, em 31 de julho, o 1º Diagnóstico de “Gênero na Arquitetura e
Urbanismo”. O resultado do levantamento, apesar de não surpreender, pois se
assemelha ao retrato da desigualdade de gênero que caracteriza a sociedade
brasileira, sinaliza a urgência de se efetivar políticas e ações que primem
pela igualdade em todas as instâncias da Arquitetura e Urbanismo. Demonstra,
ainda, que o debate sobre a iniquidade de gênero extrapola os limites da
profissão e precisa ser levado para outras instâncias da sociedade.
divulgou, em 31 de julho, o 1º Diagnóstico de “Gênero na Arquitetura e
Urbanismo”. O resultado do levantamento, apesar de não surpreender, pois se
assemelha ao retrato da desigualdade de gênero que caracteriza a sociedade
brasileira, sinaliza a urgência de se efetivar políticas e ações que primem
pela igualdade em todas as instâncias da Arquitetura e Urbanismo. Demonstra,
ainda, que o debate sobre a iniquidade de gênero extrapola os limites da
profissão e precisa ser levado para outras instâncias da sociedade.
O diagnóstico revelou, também, que
as mulheres arquitetas ganham em média 30% a menos na comparação com os homens.
Além deste, temos muitos outros desafios a serem vencidos, como, por exemplo, a
dificuldade de conciliar trabalho com a atuação como mãe.
as mulheres arquitetas ganham em média 30% a menos na comparação com os homens.
Além deste, temos muitos outros desafios a serem vencidos, como, por exemplo, a
dificuldade de conciliar trabalho com a atuação como mãe.
Apontamos como
de extrema importância, para que sejam debatidos e compromissados de forma interseccional,
antirracista e considerando as múltiplas diferenças e desigualdades entre
mulheres, os seguintes pontos:
de extrema importância, para que sejam debatidos e compromissados de forma interseccional,
antirracista e considerando as múltiplas diferenças e desigualdades entre
mulheres, os seguintes pontos:
- Não
aceitação de qualquer retrocesso nas leis que garantam os direitos das
mulheres; - Estímulo
e facilitação de candidaturas femininas competitivas; - Desenvolvimento
de macropolíticas econômicas e sociais com vistas à geração e manutenção de
empregos e renda para mulheres; - Acesso
a crédito para mulheres empreendedoras; conexão com inovação, programas de
educação empreendedora; - Qualificação
profissional continuada, por meio de programas de facilitação ao acesso às
instituições de ensino e educação; - Ampliação
de políticas de ensino nas escolas de educação infantil, garantindo tempo de
permanência com qualidade para as crianças cujas mães necessitam de maior
autonomia no dia a dia do trabalho; - Promoção
da saúde integral da mulher ao longo de todo o ciclo de vida; - Ampliação
da licença parental com equidade de gênero; - Políticas
públicas que se guiem pela proteção das mulheres em relação aos diversos tipos
de assédio e violência, tanto no ambiente de trabalho e ensino, quanto nos
aspectos urbanos; - Enfrentamento
ao discurso de ódio, violência política e institucional e cerceamento da
liberdade de expressão de todas as mulheres; - Reforma
no modelo de segurança pública, de forma a propiciar maior segurança nos
espaços urbanos; - Igualdade
e cumprimento do piso mínimo salarial da categoria; - Implementação
de políticas de memória que valorizem as mulheres.
"Precisamos nos esforçar para nos erguermos enquanto subimos”, Angela Davis.
Por uma sociedade mais justa, com equidade nas diversas profissões!
*Comissão Temporária de Equidade do CAU/PR e Thais Marzurkiewicz, presidente em exercício da entidade