Rethink: 2025

Arquitetura

Cidades do pós-pandemia serão agriculturáveis e com escritórios transformados em casas

Luan Galani
06/08/2020 21:52
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Imagem: RIBA/Divulgação

O Instituto Real de Arquitetos Britânicos (RIBA, na sigla em inglês) anunciou no último dia 27 os três vencedores do concurso internacional de projeto de arquitetura "Rethink: 2025". A intenção foi instigar arquitetos e estudantes a desenvolver projetos de como será a vida e o ambiente construído do mundo pós-pandemia. No total foram 147 inscrições de 18 países diferentes.
Os arquitetos autores dos projetos vencedores nas categorias "edifício", "cidade" e "rua" receberão 2,6 mil libras esterlinas cada um, viabilizadas pelo escritório internacional de arquitetura, design e engenharia Arup e pelo RIBA.
Conheça as ideias vencedoras e confira nos vídeos as entrevistas feitas pelo Riba com os arquitetos e estudantes laureados!

Ruas são feitas para caminhar, pessoas importam

A proposta usa a Holloway Road, uma estrada arterial no norte de Londres, como um exemplo do que poderia ser feito em qualquer cidade, redesenhando suas ruas e criando um espaço público de alta qualidade para aqueles que moram nos dois lados desses corredores viários.
Ela oferece um programa de duas etapas para capitalizar as mudanças e acelerar a transição para ruas mais sustentáveis, mais verdes, mais seguras e mais felizes.
Imagem: RIBA/Divulgação
Imagem: RIBA/Divulgação
A primeira etapa será garantir que as mudanças temporárias nas ruas sejam permanentes até 2025 e que até 2035 esses bairros mais habitáveis e respiráveis estarão interligados em uma série de anéis laterais.
A ideia é que as vias radiais desde o centro diminuam em importância, como o próprio centro, e as conexões laterais aumentem em importância.

Agricultura na região metropolitana de Londres

O projeto visa transformar a região metropolitana de Londres em um cenário agrícola ecologicamente diversificado, abordando a premissa de que a produção industrializada de alimentos nos tornou vulneráveis a doenças transmitidas de animais para seres humanos.
A ideia propõe a introdução da agroecologia, incorporando espaços de cultivo dentro e ao redor da cidade, introduzindo financiamento para a educação agroecológica e permitindo que estes agricultores pioneiros aprendam as habilidades necessárias para cultivar e transmitir conhecimento.
Com o tempo, esses espaços de cultivo serão conectados por corredores biodiversos, com flores silvestres para polinizadores e plantas comestíveis para forrageamento. Ao longo do rio Tâmisa, diversas atividades se tornarão parte da paisagem comestível, desde os pântanos de Rainham Marshes para pastagem de gado, pomares, até fazendas experimentais de algas flutuando no estuário.

Todos para dentro

O projeto se baseia em duas questões que foram ampliadas pela pandemia: a necessidade de abrigar pessoas sem-teto e a previsão de que muitos escritórios se tornarão permanentemente redundantes. Somando essas questões, sugere-se que os escritórios vazios possam ser reutilizados para abrigar pessoas em situação de rua.
A reformulação proposta de uma torre de escritórios vê instalações de saúde comunais no nível do térreo e traz a natureza para o espaço com jardins no nível intermediário, além de oferecer uma oportunidade para os residentes cultivarem sua própria comida em jardins verticais.
Imagem: RIBA/Divulgação
Imagem: RIBA/Divulgação
No pavimento superior, os desenhos mostram como os escritórios de plano profundo podem ser usados para dormitórios no estilo de albergue ao redor do perímetro, com espaços comuns no centro.

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