É do Paraná um dos cinco vencedores do Opera Prima, prêmio nacional de trabalhos de conclusão de curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo que já está em sua 27ª edição. Natural do município de Coronel Vivida, Hyruan Bolsoni Minosso, do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Positivo (UP), propôs a construção do Museu da Mata Atlântica, sob orientação do professor Alexandre Ruiz da Rosa.

O objetivo do projeto é a difusão de conhecimento sobre a história natural do bioma, desde seu surgimento até chegar à atualidade, promovendo a educação ambiental dos visitantes.

Com mais de 11 mil m², o edifício foi proposto para uma área de 42 hectares em Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba. No espaço funcionava uma pedreira, que hoje está desativada. Além do tamanho, a localização atraiu o então estudante: uma região de movimento ecoturístico na Serra do Mar. “Eu não queria desmatar nada para meu projeto. E não fazia sentido propor o museu no meio da cidade. Essa pedreira era um local já pronto, uma cicatriz no maior exemplar da Mata Atlântica que temos no país”, explica Minosso.

Cinco níveis formam o museu, feitos basicamente em concreto ecológico e esquadrias de madeira e de vidro, com visual limpo, que segue as formas da pedreira desativada. “Queria dar ênfase para a paisagem. A natureza é mais importante do que o edifício”. Cada um dos níveis seria destinado a uma exposição. Vazios circulares, como claraboias, permitem iluminação natural em todos eles.

Além da construção do edifício, o projeto de Minosso também prevê o reflorestamento da área e a instalação de uma estufa, na qual os visitantes pudessem adquirir plantas nativas do bioma.

Os outros quatro trabalhos premiados no Opera Prima são da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Presbiteriana Mackenzie, também de São Paulo, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da UniEvangélica, de Goiás. Os cinco estão disponíveis para votação popular no site do concurso, disputando agora o Prêmio Escolha do Público Cebrace.