Arquitetura

No Sofá da Haus debate o futuro da arquitetura e do mercado imobiliário

Mariana Domakoski*
22/07/2016 22:00
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No Sofá da Haus traz o arquiteto Frederico Carstens e o engenheiro Alfredo Gulin Neto, diretor da incorporadora AG7 Realty, para falar sobre o morar contemporâneo e os rumos da arquitetura e do mercado imobiliário. Foto: Carol Sábio/Divulgação

O conceito de morar está em constante transformação, sempre refletindo as necessidades e os valores da sociedade. E a arquitetura precisa acompanhar essas mudanças, oferecendo projetos capazes de atender os anseios de cada tempo. Tudo isso foi discutido no último No Sofá da Haus, bate-papo que reuniu no último dia 21 de julho o arquiteto Frederico Carstens, da Realiza, e o engenheiro Alfredo Gulin Neto, diretor da incorporadora AG7 Realty, no Espaço Ícaro Jardins do Graciosa.
Veja o vídeo:
E, se cada época tem valores específicos que norteiam a produção arquitetônica, qual seria o valor da atualidade? De acordo com Carstens, é a dualidade. “Temos essa capacidade tecnológica, de poder estar presentes virtualmente em vários lugares. Mas, ao mesmo tempo, eu quero sentir a minha pele, a minha realidade física. Acho que estamos em um tempo no qual deixamos para trás a questão materialista pura e o espírito está de volta com tudo. Para mim, a nossa realidade é feita da harmonização de opostos“, reflete.
Além dessa dualidade, a capacidade de personalização também é uma marca dessa época. Cada vez mais o consumidor quer comprar um apartamento ou uma casa como ele compra um carro: já pronto, prevendo necessidades que ele ainda nem sabe que possui, como apontam os profissionais.
Em meio a tanta tecnologia e, ao mesmo tempo, da busca pelo essencial, o morar ganha novas vestimentas. E este é um caminho sem volta. Os projetos devem apresentar soluções práticas e sustentáveis para o dia a dia ao mesmo tempo em que propõem o acolhimento e o aconchego buscados. “As pessoas querem tecnologia, e não mais manutenções em suas casas. Querem gastar dinheiro e tempo com o que é realmente importante para elas”, afirma Gulin Neto.
E o futuro?
Não há como pensar no morar contemporâneo sem imaginar como será o futuro. As previsões dos profissionais são otimistas, com apostas na sustentabilidade. E até mesmo em uma possível redefinição do conceito, como a casa viva, da qual Carstens fala: uma residência em que os materiais sejam feitos sem extração da natureza e funcione como um organismo vivo, que reage à luz, ao som, ao vento e se adapta conforme as necessidades.
*Especial para a Gazeta do Povo

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