Arquitetura

Como será Paris em 2050? Escritórios internacionais lançam diferentes visões do futuro da capital francesa

HAUS*
16/06/2019 21:00
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Foto: Divulgação/Carlo Ratti Associati

Iluminado e um tanto místico, o projeto que prevê como será a cidade luz em 2050 parece ter saído de um conto de fadas. A equipe do escritório de arquitetura italiano Carlo Ratti Associati desenvolveu uma proposta visionária que procura ilustrar uma possibilidade de como seria a Paris de 2050, apresentando uma visão alternativa para o Boulevard Périphérique, o anel viário extremamente cinza que contorna a cidade.
Chamado de “New Deal”, o projeto explora o potencial das rodovias do boulevard periférico de Paris, transformando-as em espaços mais flexíveis onde será possível morar, se divertir, cultivar a terra e produzir energia, por exemplo.
A proposta é resultado do esforço de uma equipe multidisciplinar liderada pelo escritório SEURA Architectes em conjunto com Jornet Llop, Pastor Arquitectes, Carlo Ratti Associati e as paisagistas Anna Cervera e Marina Zahonero, além da participação da empresa de construção VINCI, para a exposição Les Routes du Futur du Grand Paris As rotas do futuro da Grande Paris].
A exposição recém inaugurada explora como as novas tecnologias estão transformando a maneira como pensamos a mobilidade urbana das cidades. Além da New Deal, outros olhares também são apresentados ao público na mostra.

De volta para um novo futuro

Cinco visões foram criadas para ilustrar e resumir as ideias gerais propostas pela equipe. As duas primeiras apresentam o novo conceito do Boulevard Périphérique. Em “Habiter Le Lateralité” ou Lateralidade Viva, sugere-se a redução do número de pistas de rodagem pela metade, liberando espaço para a criação de áreas de lazer que podem ser constantemente reconfiguradas segundo as necessidades dos usuários.
Em “Habiter les Dessus”, os arquitetos imaginam que novos edifícios residenciais verdes seriam construídos ao longo dos dois lados da rodovia periférica de Paris, como um conjunto de pontes que conectariam as duas cidades historicamente separadas pelo Boulevard Périphérique.
As demais visões tem como foco as três rodovias suburbanas que circulam atualmente na região da Ile de France, as quais seriam transformadas em campos de produção de energia e agricultura. “La voie monde” (“a rua do mundo”) prevê a redução da gigantesca rodovia A6 de Paris de 12 para apenas 4 pistas, implantando na faixa central uma série de estufas e usinas fotovoltaicas.
“Multimodalite Partout” (“Multimodais em Todo Lugar”) e “La Voie Dynamique” (“A Estrada Dinâmica”) fazem uso dos dados de mobilidade em tempo real para permitir a criação de novos espaços públicos e permitir que os passageiros cheguem ao seu destino mais rapidamente.
A exposição “Les Routes du Futur du Grand Paris”, organizada pelo Forum Métropolitain du Grand Paris, está em cartaz no Pavilion de l’Arsenal, em Paris, na França, até o dia 31 de agosto.

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