
Em tempos de projetos corporativos influenciados pelas soluções disruptivas do Vale do Silício, como ressignificar a linguagem dos escritórios de maneira original? O projeto do Cubo Itaú, prédio em que completa um ano reunindo mais de 30 empresas mantenedoras, entre elas a Gazeta do Povo, além de 250 startups e 1.250 empreendedores que diariamente frequentam o local, têm essa resposta.
Inaugurado em 2018 em São Paulo, os espaços brincam com cores e diferentes materiais que se afastam da clássica linguagem corporativa. Assinado pelo escritório Pitá Arquitetura, a principal premissa são as cores vibrantes que se intercalam — um “cubo mágico” que vai girando ao longo dos ambientes. Ao mesmo tempo, a neutralidade era importante para concentrar a diversidade das empresas que se concentram no espaço e para poder receber de estudantes a investidores.
O cinza serve como base para a brincadeira com as cores. A partir dele, pontos de cor são espalhados por cada ambiente. Essa solução perpassa todos os ambientes de uso comum — salas de reunião, auditório, espaços colaborativos —, criando a identidade do prédio. O piso vinílico toma o lugar dos carpetes nas áreas de circulação, também jogando com tonalidades de cinza.
“É um projeto que tem cor, tem volume e tem bossa; [ao mesmo tempo,] ele não é contido, mas está dentro de um desenho que pode durar um bom prazo”, conta o arquiteto Antonio Mantovani, da Pitá, em entrevista à Galeria da Arquitetura.
Um dos principais destaques do projeto é a “praia urbana” que os arquitetos criaram na cobertura do prédio. Para isso, eles se utilizaram de espreguiçadeiras e desenhos geométricos com grama sintética colorida que simulam o movimento da areia, do mar e da vegetação a partir de linhas curvas que se sobrepõem.
Outro ponto de impacto é o videowall colocado logo na recepção. As telas interligadas dão a impressão de um grande painel, que sempre está em movimento e faz alusão ao centro de tecnologia que o Cubo representa. Com paredes de vidro e entrada aberta para a rua, o térreo convida os passantes a se interessarem por essa tecnologia.
Também no térreo fica o café, que compartilha da tipologia colorida da entrada. As paredes são forradas de lambe-lambes coloridos e os móveis conversam com essa paleta de cores. “É um mobiliário colaborativo espalhado e simpático, onde as pessoas se jogam, trabalham, fazem reuniões”, comenta Mantovani na entrevista.
A sede inaugurada em 2018 é quatro vezes maior que a anterior, totalizando 20 mil m² — é o segundo maior coworking do Brasil em espaço. Dos 14 pavimentos, alguns são duplos e se utilizam de mezaninos, com paredes de escalada que criam “caminhos possíveis” de um ao outro. O primeiro e segundo andares são reservados ao auditório de 380 lugares; as startups são distribuídas entre o terceiro e o 12º piso; e nos dois superiores ficam os espaços de descompressão.
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