Arquitetura

Profissionais de Curitiba são destaque em concurso internacional de arquitetura

HAUS*
28/06/2018 20:37
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Imagem: Reprodução

Uma equipe multidisciplinar formada por profissionais que atuam em Curitiba foi destaque no concurso público internacional realizado pelo governo do Paraguai para a região do Bañado Norte, em Assunção. O projeto de urbanismo desenvolvido por eles recebeu menção honrosa do júri, que elegeu como vencedor o trabalho “Yrendagué”, do consórcio formado por arquitetos paraguaios, espanhóis e argentinos. 41 projetos, de 13 países, participaram do concurso.
“Inicialmente, a menção honrosa não estava prevista. Foi um gesto de respeito do júri pelo trabalho que desenvolvemos e pela interação que demonstramos, pois poucas equipes foram praticamente completas até o Paraguai para visitar a cidade, como fizemos”, avalia a arquiteta Anabelli Simoes Peichói, uma das integrantes da equipe.
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Desenvolvido pela Tese Tecnologia, Arquitetura e Cultura e pela Oficina Urbana de Arquitetura (OUA), juntamente com outros profissionais convidados, o projeto curitibano apresentou uma proposta de intervenção para uma área de 514 hectares banhada pelas cheias do Rio Paraguai e a sua conexão com o restante da capital paraguaia.
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Tendo o rio como protagonista, a equipe propôs a elaboração do que chamou de uma nova “Frente Ribeirinha”, que contemplou soluções de moradia para os atuais habitantes e a vinculação da área ao restante da cidade por meio de ações e soluções implantadas em duas macrozonas: Áreas de Renovação Urbana (“Terras Baixas”) e Áreas de Requalificação Urbana (“Terras Altas”).
Para a primeira, caracterizada pelo risco de alagamento sazonal, foi proposto um traçado viário que criou novas áreas edificáveis (chamadas de “células urbanas”) caracterizadas pela diversidade de tipologias, usos e faixas de renda, valorizando a coexistência e evitando a gentrificação. Já para as “Terras Altas”, as intervenções focaram o tecido urbano existente e tiveram por objetivo reduzir o tráfego de automóveis, valorizar o pedestre e potencializar o uso do espaço público.
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Isso fez com que, na avaliação do júri, o projeto apresentasse “um alto nível de detalhe em relação a equipamentos e habitações. Boas ideias relacionadas à gestão econômica e ao faseamento, linguagem gráfica clara referente ao desenho urbano e uma proposta morfológica interessante, que o destacou entre o conjunto dos projetos analisados”, como divulgado pela Oficina Urbana de Arquitetura.
A equipe responsável pelo projeto foi chefiada pela arquiteta Mirna Cortopassi Lobo e, além de Anabelli, contou com a participação do engenheiro civil Bruno Ruchinski de Souza, de Harry Mallman, doutor em Engenharia Hidráulica, do economista Mariano de Matos Macedo, da estudante Muryel Gomes e dos arquitetos e urbanistas Jordi Badía Pascual (espanhol), Luiz Gustavo Grochoski Singeski, Rafael Candido, Thiago Gonçalves Roberto e Susana Meyer (paraguaia).

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