Dsenho

Arquitetura

Design brasileiro dá personalidade a áreas comuns de novo empreendimento em Curitiba

HAUS
22/12/2020 17:39
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A valorização das assinaturas locais e nacionais é a linha mestra do projeto de interiores das áreas comuns do Dsenho, edifício recém-entregue no Bigorrilho, em Curitiba, e segue o conceito que norteou toda a concepção do empreendimento: valorizar a arquitetura e o design autorais para fugir de soluções padronizadas.
Assinado pelo arquiteto Leandro Garcia, o projeto tem no hall seu primeiro ponto de destaque. Sem cortinas, as grandes aberturas em vidro integram visualmente o espaço não apenas com o exterior do prédio, mas também com a própria rua, em uma espécie de simbiose entre o espaço privado e público. Outros elementos que reforçam tal sensação de integração são o forro em madeira, que avança da área externa para o hall do edifício, e o revestimento cimentício, composto por agregados no mesmo tom da pedra portuguesa escura utilizada no pavimento de entrada.
A iluminação indireta que vem das vidraças atua como elemento cênico para destacar o mobiliário de design, que pode ser avistado da rua, assinado por nomes reconhecidos nacionalmente. Entram nesta lista, por exemplo, o porta guarda-chuva Clerk, de Jader Almeida, as poltronas N, H e Cuca, de José Zanine Caldas, os bancos Mucki e Mocho, de Sergio Rodrigues, e a poltrona Carioca, de Bernardo Figueiredo. Localmente, integram a seleção de design o mancebo Varetas, o banco Linhas e a mesa Toco, assinadas por Garcia, além da obra de arte de Tony Camargo.
A exposição das peças é setorizada por um grande tapete amarelo, com 11 m de comprimento, desenhado pelo arquiteto com formas orgânicas que criam pequenas áreas de estar, além de destacar a amplitude longitudinal do ambiente.
O acesso aos elevadores é demarcado por um painel frisado na cor branca que reveste paredes e teto, formando uma espécie de túnel e convidando o olhar para a obra de André Nacli, empresário da Idee Incorporadora, responsável pelo edifício, ao final dele. Dali, abre-se o acesso secundário ao salão de festas de um lado e, de outro, à academia e à brinquedoteca.
Hall de acesso aos elevadores do prédio.
Hall de acesso aos elevadores do prédio.

Para celebrar e conviver

A entrada principal do salão de festas é demarcada pelo tapete do hall, que conduz os visitantes até ele. O espaço é composto por três ambientes - estar, cozinha gourmet e área de mesas - nos quais o design autoral também tem seu lugar. O estar, por exemplo, é ambientado pelas poltronas Isa, de Jader Almeida, pelo banco Marina, de Lucas Bond, e pelas mesas laterais de jacarandá dos anos 1960, do Antiquário Cristiano Ross, além dos abajures da Design Selo.
A cozinha gourmet é marcada por um grande volume revestido com lâmina de madeira pau-ferro e uma grande ilha em mármore brasileiro. À frente dela, um aparador também em mármore se destaca entre pilares de concreto aparente. Por fim, a área de mesas traz novamente a madeira maciça em cumaru ladeada por cadeiras I, de José Zanine Caldas.
Mantendo a linguagem do projeto, o painel frisado do hall de elevadores aparece, também, na brinquedoteca. Baseada no método Montessori, ela traz mobiliário, lousa e espelho baixo, além de suporte para livros e revistas na altura do alcance das crianças. Bancada com TV e caixas coloridas transparentes para o armazenamento de jogos e brinquedos complementam o espaço, lúdico sem exageros. Outro elemento do hall que se repete é o tom de amarelo do tapete, escolhido para o piso da academia que, sozinho, garante vida ao espaço.
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