Com pouco mais de quatro anos de existência, o Giuliano Marchiorato Arquitetos, de Curitiba, acaba de vencer o seu 11° prêmio internacional - o escritório foi eleito pelo New World Report, plataforma de negócios voltada às Américas, como o estúdio de arquitetura e design mais inovador do Sul do Brasil, pelo seu conjunto de projetos.  O prêmio elogia as empresas mais inovadoras e com visão de futuro em todo o continente.

Marchiorato, que tem 28 anos, começou a carreira solo cedo. Depois da formação no curso de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Positivo e de passar temporadas estudando em universidades como a de Oxford, na Inglaterra, ele trabalhou em escritórios renomados como o de Jayme Bernardo, mas decidiu trilhar caminho próprio o quanto antes. "Vi que seria algo necessário para atingir o que eu almejava, que era trazer a Curitiba uma arquitetura um pouco mais cosmopolita", diz.

Um desses exemplares é o primeiro "apartamento nuvem" de Curitiba, projeto do final de 2015: todos os ambientes sociais foram integrados na obra, e o local ganhou cores claras e decoração sofisticada, mas sem excessos.

Essa é uma das premissas do trabalho do escritório de Marchiorato. "Nos nossos projetos nós fugimos dos excessos, da linha neoclássica. Outra coisa que a gente sempre busca é referência em outras artes, como a moda, a fotografia, o design de imobiliário. O cosmopolita é estar antenado ao mundo", define.

Outro projeto recente premiado em abril do ano passado no A’ Design Award & Competition é o Apartamento Pipa, no Bairro Mossungê, considerado a decoração residencial mais bonita do mundo. O projeto usou geometrismo, cores vivas e materiais naturais como a madeira.

O escritório também assina trabalhos corporativo. O unicórnio Ebanx e o James Delivery são alguns dos seus clientes.

Outra premissa de Giuliano Marchiorato desde o início foi o de colocar no mercado um escritório boutique, ou seja: com uma equipe enxuta (são três arquitetos, um designer, uma administradora e um estagiário) e no máximo 10 projetos por vez.

"O boutique não é no sentido pejorativo, mas sim o se der personalizado. Trabalhei em lugares com vários arquitetos onde o CEO ficava muito atarefado e perdia esse tête-à-tête com o cliente. Para mim a arquitetura está no detalhe e eu sou muito chato, me preocupo com o detalhe. E a gente quer ter tempo suficiente para testar, para o detalhe", defende.