Arquitetura

Escritório de arquitetura propõe mudanças para estações-tubo

HAUS
04/07/2016 13:40
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Projeto da PROARQ Arquitetura propõe utilizar a mesma estrutura das estações-tubo, mas equipando-as com painéis fotovoltaicos, telhado verde, banheiros e fossas individuais para a coleta e o tratamento de esgoto. Fotos: PROARQ Arquitetura/Divulgação

As estações-tubo não vêm atendendo mais às necessidades dos usuários e dos trabalhadores do transporte coletivo de Curitiba. Entre os problemas, excesso de calor no verão e de frio durante o inverno, falta de banheiro e acessibilidade dificultada para cadeirantes.
O próprio criador da solução que virou ícone da cidade nos anos de 1990, o arquiteto Abrão Assad, reconheceu em entrevista do ano passado para a HAUS que já está na hora de fazer ajustes na estrutura, sendo a melhora no conforto térmico o primeiro deles.
Pensando justamente nisso, o escritório PROARQ Arquitetura criou um projeto que sugere diversas melhorias sustentáveis para a estrutura, tornando-a autossuficiente. A ideia já foi oficialmente apresentada a Urbanização de Curitiba S/A (Urbs) e ao Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc).
De acordo com o Ippuc, a instituição aguarda o teste da solução apresentada pelo escritório para poder se posicionar. Para isso acontecer, o escritório de arquitetura está providenciando um protótipo em tamanho real com a doação de um tubo que está sendo negociada junto à Urbs.
A ideia dos arquitetos é aproveitar a atual estrutura das estações, fazendo pequenas reformas de aprimoramento para equipá-las com painéis fotovoltaicos que gerarão sua própria energia, telhado verde para amenizar a questão térmica, banheiros e fossas individuais para coleta e tratamento de esgoto.
De acordo com o projeto, seria possível carregar celulares por meio da energia captada por meio dos painéis e os banheiros seriam abastecidos por meio da captação de água da chuva.
O custo das obras não é alto. Considerando que a estrutura seria reutilizada, só seriam necessários R$ 35 mil de investimento por unidade adaptada. De acordo com projeções do PROARQ, depois de oito anos todos os valores seriam compensados e, ao final de 25 anos, o sistema teria uma economia de R$ 80 milhões.

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