Frio, só se for fora de casa!

Curitiba é uma das capitais mais frias do país. Segundo o Simepar, a média de temperatura na cidade ao amanhecer no inverno do ano passado ficou em 9,6° C. O suficiente para passarmos um friozinho, fora e dentro de casa. Diferentemente de países de inverno rigoroso, não faz parte da nossa cultura a preocupação com o aquecimento dos ambientes. Mas durante os dias mais frios nos damos conta da falta que a proteção térmica faz nas residências.

“Quando fazem um projeto, as pessoas são mais preocupadas com o ar frio do que com o quente. Mas o fato é que aqui as pessoas passam frio no inverno”, diz a arquiteta Renata Pisani. Ela diz que aos poucos essa realidade está mudando e o aquecimento pensado já durante a planta está deixando de ser exclusividade dos imóveis de alto padrão. “Um sistema mais inteligente de aquecimento demanda um investimento inicial, mas que acaba se pagando ao longo do tempo”, observa.

Quando o imóvel ainda está em construção ou em reforma é possível investir em um sistema de calefação no piso dos ambientes. “O conforto é como se o ambiente fosse aquecido pelo sol. Não se sente a fonte de calor e a distribuição é uniforme”, diz o engenheiro Ayrton Zanon Jr., diretor comercial da Eurocable Brasil. Se a residência está pronta e não há a intenção de reforma, há várias alternativas disponíveis no mercado, que podem ser encaixadas na ambientação.

Caso você esteja disposto a bancar o investimento, ainda dá tempo de instalar um sistema de aquecimento antes do inverno chegar. A seguir, elencamos as possibilidades, bem como as vantagens e desvantagens de cada uma.

Vantagem: não precisa de instalação prévia nem exaustão; funciona com álcool etanol, não solta cheiro nem resíduo.

Desvantagem: há a necessidade de reabastecimento.

O álcool do reservatório dura cerca de três horas.

Preço: a partir de R$ 5.900.

Vantagem: as imagens tridimensionais, que imitam labaredas, proporcionam conforto visual semelhante ao fogo. Pode ser adaptada dentro de uma lareira convencional. O consumo de energia é baixo: 50 centavos por hora. Não produz gás carbônico, resíduos ou fuligem.

Desvantagem: o calor se concentra mais próximo ao aparelho e o fogo fake não agrada a todos.

Vantagem: funciona no frio e no quente. Os novos modelos são mais bonitos e consomem menos energia do que os antigos.

Desvantagem: sua instalação depende de uma pequena obra para o disjuntor, ponto de luz e ponto de drenagem.

Preço: a partir de R$ 800

Vantagem: são pequenas e podem facilmente ser adaptadas à decoração. O aquecimento em pedra vulcânica se assemelha ao da lareira à lenha.

Desvantagem: como é feita sob medida, é necessário construir um nicho para instalar o equipamento com ponto elétrico e de gás e necessita de instalação de duto para chaminé.

Preço: a partir de R$ 1,8 mil, uma lareira de 1,20 m com acendimento manual.

Vantagem: ao ligar o aquecimento, você pode programar a temperatura. Quando o termostato atinge o calor ideal, a temperatura se mantém nas áreas do piso onde foi instalada a calefação. Pode ser colocada em todos os tipos de piso: dos frios, passando por carpetes e laminados de madeira.

Desvantagem: é necessária uma pequena obra para instalar os cabos de distribuição de calor no contrapiso. Por isso, o ideal é colocar a calefação ainda na construção ou durante uma reforma.

Preço: um BWC padrão, de 5 a 6 m², custa instalado cerca de R$ 550 e gasta por mês perto de R$ 30 (para manter o ambiente em 20° C).

Alhambra Lareiras, fone (41) 3242-7833. Biolareira. Construflama. Eurocable, fone (41) 3262-8744. Renata Pisani (arquiteta), fone (41) 3236-1157. Flávia Caldeira e André Bertoluci (arquitetos), fone (41) 3039-2021.