Arquitetura

Linhas retas e cores primárias de Mondrian seguem inspirando a arquitetura; veja 4 projetos

HAUS*
07/07/2018 21:00
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Foto: Pixabay

As formas simples, aliadas às cores primárias, fazem da obra de Piet Mondrian uma espécie de ícone da simplicidade. Prova disso está na dificuldade em se encontrar quem passe os olhos sobre uma tela (ou qualquer outra superfície) que traga retângulos coloridos delimitados por grids pretos e não os remeta, mesmo que inconscientemente, aos trabalhos assinados pelo artista holandês que foi um dos fundadores do Neoplasticismo.
Passado mais de um século de sua criação, o movimento, também conhecido como “De Stijl” (o estilo, em tradução livre), segue influenciando a produção arquitetônica ao redor do mundo. Um exemplo recente é o polo gastronômico Mondrí, em Curitiba.
Além do batismo, o projeto arquitetônico do espaço também traz uma referência direta ao artista ao trazer o colorido geométrico na fachada de sua primeira unidade, localizada no Água Verde, ao lado da Arena da Baixada. Internamente, as cores primárias e os ângulos retos se repetem nas paredes e no mobiliário. A inspiração no “De Stijl” estará presente, também, nas outras quatro unidades previstas para a rede, a serem instaladas em São José dos Pinhais, Portão, Xaxim e Tarumã.
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
“Assim como os artistas do movimento, as operações do Mondrí vêm coletivamente apresentar uma nova proposta: um local onde a variedade de opções, a qualidade dos produtos, o preço para o consumidor, o ambiente agradável e a diversidade de pessoas circulando estão em equilíbrio. Para o empreendimento, as linhas, ângulos retos e cores transmitem alegria e alto-astral”, detalha no site da marca o Grupo Mondrí ao justificar a opção pela referência ao artista holandês.
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A primeira transposição para a arquitetura dos princípios estéticos que norteiam a obra de Mondrian da qual se tem notícia é a Casa Schröder, assinada pelo arquiteto Gerrit Rietveld para a viúva Truus Schröder e seus três filhos na cidade de Utrecht, Holanda.
Erguida entre 1923 e 1924, a construção apresenta tal referência de forma discreta, em uma série de perfis metálicos nas cores amarelo, azul e vermelho e planos de lajes e paredes intercalados, que criam a sensação de movimento.
Foto: Wikimedia Commons
Foto: Wikimedia Commons
Outro contemporâneo de Mondrian que bebeu na fonte do artista foi o pintor e arquiteto Theo van Doesburg, que projetou o Café L’Aubette. Nele, as coloridas formas geométricas ocupam a parede e o forro do salão e estão presentes de forma mais discreta nas divisórias e na pintura do piso que limita as mesas.
Foto: Reprodução / Archdaily
Foto: Reprodução / Archdaily
Mais recentemente, foi a vez do prédio da prefeitura de Haia, projetado pelo Pritzker Richard Meier, ter sua fachada totalmente branca transformada em uma enorme tela mondriânica. A intervenção integrou as ações em comemoração ao centenário do movimento, em 2017.
Assista ao vídeo com as etapas da transformação.
*Com informações do ArchDaily.

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