Arquitetura

Primeiras imagens reveladas: descubra como será o maior jardim de esculturas do Brasil

Aléxia Saraiva
15/08/2019 22:10
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Memorial Paranista contempla 6 mil m² de área externa, 265 m² de área construída e ainda o Centro de Criatividade do Parque São Lourenço, com 2 mil m², que será revitalizado. Imagem: Divulgação/SMMA

O maior jardim das esculturas do Brasil começou a tomar forma em Curitiba. Previsto para 2020, o Memorial Paranista, que pretende homenagear artistas do estado, ficará no Parque São Lourenço e vai ostentar doze esculturas de João Turin reproduzidas em bronze — 66 a menos do que o anunciado em janeiro de 2018. Elas ficarão espalhadas em uma área de mais de 8 mil m².
O investimento da Prefeitura de Curitiba, como apurou a reportagem da Gazeta do Povo, será de quase R$ 6 milhões, saídos do orçamento da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA).
Projeção aérea mostra galeria e Centro de Criatividade, na entrada do parque. Imagem: divulgação/SMMA
Projeção aérea mostra galeria e Centro de Criatividade, na entrada do parque. Imagem: divulgação/SMMA
O projeto arquitetônico é assinado pelos arquitetos Guilherme Kloch, da SMMA, e Fernando Canalli. O espaço é subdivido em três partes: o Jardim das Esculturas, parte externa que totaliza 6 mil m²; o Memorial Paranista, galeria com 265 m² de área construída; e o Centro de Criatividade do Parque São Lourenço, com 2 mil m², que passará por uma obra de revitalização.
Segundo Kloch, o Memorial Paranista vai funcionar como uma galeria, feita em aço e vidro translúcido. Ele será equipado com uma fundição elétrica, um ateliê, salas de exposições e salão de eventos, espaços que ficarão disponíveis para uso de artistas locais.
Doze esculturas, réplicas de obras de João Turin em escala heroica, ficarão dispersas ao longo do jardim e da galeria. Imagem: divulgação/SMMA
Doze esculturas, réplicas de obras de João Turin em escala heroica, ficarão dispersas ao longo do jardim e da galeria. Imagem: divulgação/SMMA
“O novo acesso ao Memorial Paranista […] pede licença ao conjunto existente para conduzir a uma nova experiência e produzir uma sinergia capaz de organizar os espaços, distribuir as funções, orientar os visitantes e conduzir às artes da fundição e à compreensão junto aos nossos maiores mestres das artes da proporção, modelagem e técnica”, aponta Kloch.
Atualmente, o projeto está em fase de especificação para definição do orçamento. A previsão é de começar as obras ainda em 2019.

Esculturas gigantes

As obras de João Turin serão reproduzidas em bronze em escala heroica — o equivalente a quase três vezes o tamanho médio de uma pessoa. A maior delas, Marumbi, terá 3 m de altura, quase 3 m de largura, 1 m de comprimento e deverá pesar cerca de 700 kg.
Obra "Marumbi" será a maior de todas as esculturas, com 3m de altura. Foto: reprodução/Acervo João Turin
Obra "Marumbi" será a maior de todas as esculturas, com 3m de altura. Foto: reprodução/Acervo João Turin
Além desta, as peças reproduzidas serão: Índio Guairacá I e II, Fundação de Curitiba, Homem Pinheiro, Caridade, Pedagogia, Marumbi, Onça com Filhotes I e II, Felino à Espreita I e II e Luar do Sertão. O valor das esculturas varia de R$ 290 mil a R$ 750 mil por peça.
A obra Pedagogia é a única original presente no acervo. Para a exposição, ela passará por restauro.
Segundo Kloch, as obras não ficarão concentradas na galeria, mas dispostas ao longo de todo o jardim.
Obra Pedagogia será restaurada. Foto: Divulgação
Obra Pedagogia será restaurada. Foto: Divulgação

Movimento Paranista

O movimento artístico homenageado com o memorial nasceu no Paraná no início do século 20, com o objetivo de construir uma identidade regional do estado nas áreas da história e da arte. João Turin esteve à frente desse movimento juntamente dos pintores João Ghelfi e Lange de Morretes.
Com esse objetivo, diversos artistas partiram ao exterior para se capacitarem para desenvolver uma arte identitária local. A rosa de pinhões, tradicional símbolo das calçadas de petit pavê curitibanas, é obra conjunta dos três e caracteriza a identidade paranista.
Rosa de pinhões que ilustra calçadas de petit pavê em Curitiba é herança do movimento paranista. Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo<br>
Rosa de pinhões que ilustra calçadas de petit pavê em Curitiba é herança do movimento paranista. Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo<br>

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