Mais que um revestimento

Atualmente, os forros de gesso e drywall (gesso acartonado) são os campeões nas residências, por sua rapidez de instalação, facilidade de personalização e melhor acabamento (em especial, entre a parede e o teto). E, uma vez instaladas, as estruturas com os dois materiais podem ser facilmente furadas para instalação de luminárias, além de receberem qualquer tipo de pintura e detalhes.

Mas os forros de gesso e drywall têm dois calcanhares de Aquiles: baixos níveis de isolante térmico e acústico. Assim, para oferecer esses benefícios, eles precisam se aliar a outros materiais ou receber intervenções. “Mantas de lã de vidro ou lã de rocha podem ser usadas sobre esses forros para manter a temperatura. Uma boa performance acústica pode ser obtida com gesso ou drywall perfurado (há produtos com essa intervenção)”, salienta Bim.

Existem, ainda, os clássicos forros de madeira, que são de instalação simples: as ripas vêm com um encaixe do tipo macho e fêmea e devem ser pregadas ou parafusadas a distâncias regulares, numa estrutura de madeira auxiliar, ou diretamente na laje. Vários tipos de madeira e acabamentos são encontrados no mercado, e é possível realizar variações com vernizes e tintas. Entretanto, há forros de madeira projetados sob medida que são impossíveis de serem alterados.

Outra alternativa são os forros de PVC, que têm diferentes larguras, conforme os padrões de cada fabricante, e são afixados de acordo com cada sistema. Por ser de plástico, é leve, de fácil limpeza e tem preço muito competitivo, mas não é indicado para pintura. Outro ponto negativo é a questão dos acabamentos, que apresentam uma linha mais ou menos restrita.

E a última novidade em forros é a nuvem acústica, uma estrutura que mistura lã de vidro, fibra mineral e madeira. Carlos Bim conta que o produto pode ter diferentes formas (de acordo com a decoração do ambiente) e é ideal para melhorar a acústica de um local. “Em um home theater, por exemplo, a nuvem acústica vai tratar a reverberação, o eco, e não vai bloquear o som, além de realçar o viés estético”. O arquiteto apenas faz o alerta de que, para o ambiente ficar harmonioso, a nuvem deve ser instalada em espaços com pé-direito acima de 2,60 metros.