Arquitetura

Maternidade construída em área rural tem projeto totalmente sustentável

HAUS
11/09/2018 21:30
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Projeto em Uganda surpreende pelo uso de materiais e mão de obra locais. Fotos: Divulgação

O projeto que você vai conhecer nas fotos a seguir é mais do que uma obra de arquitetura calcada nos conceitos de sustentabilidade, trata-se de uma iniciativa com um potencial transformador em uma comunidade que carece de água limpa e eletricidade, por exemplo.
O edifício substitui uma ala antiga, construída na década de 1950. A unidade hospitalar pode acomodar até seis nascimentos por dia e oferece instalações de cuidados pós-operatórios, além de estrutura para atenção aos bebês.
Na antiga estrutura, as parteiras precisavam arquivar papeis nas mesmas salas em que faziam procedimentos médicos. Além disso, somente 40% das mulheres grávidas no distrito podiam acessar as instalações. Os partos domiciliares no local são arriscados e as taxas de mortalidade infantil na região são altas.
“Era preciso aumentar a capacidade do centro, fazer um ambiente que fosse adequado, mais agradável, tivesse um grau de privacidade e um bom fluxo de ar para amenizar as altas temperaturas” explicou o diretor de design do HKS Architects para a revista Dezeen.
A maternidade foi construída de forma a usar a potencialidade solar da região para gerar energia por meio de painéis solares. Além disso, há coleta e armazenamento de água da chuva criando uma situação de autossuficiência para o local.30
Para o responsável pelo projeto a tentativa de entender os processos locais e envolver a população na concepção e execução foram pontos definitivos para o bom resultado.
Entre as características locais estão as estruturas vazadas de terracota (semelhantes aos cobogós).  São elementos da arquitetura local que foram adicionadas às paredes externas para permitir a passagem de luz e ar através do edifício. Flower acredita que essa estrutura “faz com que o projeto pertença ao local.”
O envolvimento da população se deu, ainda, na fabricação dos tijolos, que eram feitos à mão no local, usando uma máquina de prensa desenvolvida em uma universidade ugandense. Trabalhadores locais foram treinados para manusear os equipamentos.
O novo layout separa todas as funções, com uma recepção, duas suítes, salas de apoio e instalações de cozinha e lavanderia para os familiares das parturientes.
Para completar as ações positivas, o escritório captou recursos para equipar a maternidade com produtos adaptados às fontes de energia produzidas no local e trouxe voluntários da equipe do escritório para ajudar na construção.

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