Arquitetura
No escurinho do cinema
A diretora da Casa Cor Paraná, Marina Nessi (ao centro), com profissionais e parceiros, no espaço A Fábrika, durante anúncio do novo local | GAZETA
Janeiro de 1975. No ano em que nevou na capital paranaense, matérias em jornais de Curitiba anunciavam que um novo cinema teria requintes sofisticadíssimos para a época, como uma luxuosa sala de espera, mobiliário colonial, área para fumantes (separada da plateia por parede envidraçada), música ambiente estereofônico e até um pianista, como nos velhos tempos do cinema mudo, antes do início de cada sessão.
Batizado de Ribalta em homenagem ao filme Luzes da Ribalta (1952), o penúltimo estrelado (e dirigido) por Charles Chaplin, o antigo cinema aberto pelo empresário João Deckmann não teve a longevidade esperada, apesar de toda a pompa e circunstância da inauguração. Durou poucos anos e ainda sediou duas casas noturnas frequentadas por gerações de curitibanos, a antológica Mustache e a Rodeo.
Agora, após ser adquirido pelo Graciosa Country Club, o local entrará numa nova fase. Ele foi escolhido para ser o palco da 21.ª edição da Casa Cor Paraná, que tem patrocínio da Gazeta do Povo e ocorrerá de 12 de agosto a 21 de setembro deste ano.
Espaços
O antigo cinema está passando por uma reforma completa para receber a principal mostra de decoração do estado. Ao todo, serão 49 espaços, divididos em 5 mil metros quadrados de aérea, e que incluirá 12 lofts, seis livings, um ambiente com seis opções gastronômicas, áreas corporativas e os espaços Bom Gourmet e Viver Bem. Além do antigo cinema, um edifício de cinco pavimentos, localizado ao lado, será completamente revitalizado para receber os arquitetos, designers e decoradores que vão participar da mostra.