Arquitetura
Planeta casa
As placas de woodframe, usadas na construção da estrutura (paredes, laje e cobertuta), reduzem o uso de insumos na construção. Como isolante térmico e acústico, lãs de garrafa pet reciclada.
Há várias maneiras de se erguer uma parede, mas o arquiteto paranaense Jorge Elmor não pensou duas vezes com que tecnologia projetaria uma residência de 380 m² no bairro do Ahú, em Curitiba: dry wall. A construção a seco, como é chamado este tipo de edificação, traz vantagens inegáveis em relação ao sistema convencional em alvenaria: oferece economia de tempo, mão de obra e materiais.
Jorge Elmor faz parte de uma nova geração de profissionais e empresas do setor de construção civil que cada vez mais busca alternativas de edificação que agridam menos o meio ambiente. E o uso do dry wall é apenas uma das formas de tornar uma morada mais sustentável. Com a criação de selos “verdes” para prédios comerciais e residenciais, o mercado de materiais de construção tem lançado muitos produtos com apelo ecológico. É possível comprar desde isolantes termoacústicos a pastilhas para revestimento de pisos e parades reciclados.
E a Viver Bem Casa & Decoração foi conferir três propostas de casas sustentáveis. São moradas que foram projetadas de forma a otimizar o uso de materiais de construção e a reduzir o consumo de recursos naturais (principalmente, energia e água). Além disso, receberam tecnologias construtivas que ajudam a preservar o meio ambiente. Tudo para inspirar você a ter uma residência mais sustentável.
Benefícios para quem muda de hábito
Pensar em sustentabilidade parece natural em Curitiba. Afinal, a cidade, considerada modelo, recebeu em 2010 o Globe Sustainable City Award, na Suécia, prêmio que reconhece iniciativas de cidades que unem crescimento urbano e respeito ao meio ambiente. Pensando na menor unidade que compõe uma metrópole, chegamos a uma casa. De preferência, que seja sustentável.
Uma moradia ecologicamente correta não é, necessariamente, um ambiente rústico e campestre. Nem low-tech, com paredes de adobe. Também não é uma aversão à tecnologia ou uma restrição ao conforto. Parece difícil, mas há opções para construir, reformar ou mesmo manter uma residência ambientalmente amigável na zona urbana e cinza das cidades, sem deixar de respeitar a natureza. E o melhor: que melhore sua qualidade de vida e saúde. “Todas as mudanças têm que focar no tripé saúde, meio ambiente e economia”, aconselha Márcio Araújo, consultor do Idhea. É uma visão holística: sua casa, você e suas atitudes são uma coisa só, que se influenciam mutuamente.
Por isso, uma simples mudança de hábitos ajuda, como separar o lixo, economizar recursos naturais e diminuir o uso de sacolas de plástico. Mas falar é fácil. Manter a rotina e vencer a preguiça é que tornam essas tarefas diárias trabalhos hercúleos. “Respeito pelos recursos naturais, consciência de que cada um tem a sua parte a fazer e comprometimento são os primeiros passos para que qualquer atitude sustentável seja colocada em prática, porque sem eles ninguém vai muito longe”, enumera a educadora ambiental Juliana Valentim, que há três anos reúne dicas de como aplicar a ecologia no dia a dia em seu blog deverdecasa.com.
Conforto térmico
Fornecedores
Que tal desacelerar o consumo reutilizando materiais ou optando por consumir produtos reciclados ou recicláveis? Confira os principais fornecedores de materiais de construção “verdes” e onde encontrá-los:
Isolantes termoacústicos
Acabamento
Materiais de construção
•Tijolo solo-cimento não precisa de massa para ser assentado, o que economiza recursos, diminui o peso sobre a fundação e reduz o custo da obra. Tijol-Eco: comercial@tijol-eco.com.br.
• Woodframe. Tecverde
• A Madeplast transforma resíduos de madeira e plástico em uma placa mais resistente.
Pisos e revestimentos
Telhados
• Paineis fotovoltáicos (transformam luz solar em energia).
• A Acquatech, de Corbélia (PR), faz instalação de sistema de uso e coleta de água da chuva.
Outros
• Lâmpadas led.
Fontes: Vania Deeke (Módulo Arquitetura) e Escritório Verde (UTFPR).