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Arquitetura

Townhouse: entenda o conceito de residência que prioriza espaços de convivência

Yuri Casari, especial para HAUS
14/04/2022 18:12
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Arquitetura uniforme, áreas de convivência e garagens subterrâneas são a base das townhouses. Na foto, o La Vie Ecoville, da CGL. | Divulgação/CGL

Espaço e conforto de uma casa com a segurança de um apartamento, além de uma área de convivência ampliada e priorizada. Essas são as principais características de um estilo de construção que vem ganhando cada vez mais espaço em Curitiba: o conceito townhouse. O termo refere-se a uma residência horizontal, com elementos da construção vertical, e que se caracteriza pela uniformidade estética e simetria na arquitetura.
Bastante comum no Reino Unido e em países como Estados Unidos e Austrália, as townhouses chegam por aqui como unidades em condomínios fechados - enquanto por lá costumam ficar de frente para a rua. Podem ser definidas como townhouses duas ou mais residências com a mesma fachada arquitetônica. E, assim como as casas geminadas e sobrados, é comum que compartilhem paredes ou até o mesmo telhado.
Jardins e boulevards separam as alas residenciais sem a circulação de veículos, como no residencial Villa D’Oro, localizado no Vista Alegre.
Jardins e boulevards separam as alas residenciais sem a circulação de veículos, como no residencial Villa D’Oro, localizado no Vista Alegre.
A diferença, entretanto, é que, nas townhouses, os espaços de convivência são priorizados. Isso é possível pelo fato de que a garagem fica localizada no subsolo. Dessa forma, toda a área térrea do condomínio é ocupada por boulevards e espaços de lazer, que podem ser desfrutados com mais segurança pelas famílias. Jardins, praças, quadras esportivas e salões ocupam os espaços que antes eram destinados à circulação de carros e garagens. São áreas comuns que permitem uma convivência mais próxima e informal com a vizinhança.
“O que acontece muito nos condomínios é que as crianças brincam nas ruas, no mesmo lugar em que os carros circulam. Já nas townhouses os moradores ficam mais protegidos”, explica Tomás Herrera, diretor de Incorporação da CGL Construtora e Incorporadora.

Simetria

Esse tipo de construção se diferencia, ainda, por trazer mais harmonia estética. As casas seguem o mesmo estilo arquitetônico, trazendo uma unidade visual ao empreendimento. “As townhouses trazem uma composição final mais bonita. Isso é algo diferente do que vemos em condomínios de terrenos, por exemplo, em que podemos ter casas no estilo neoclássico e moderno no mesmo espaço”, afirma Tomás.
Na capital paranaense, a empresa foi responsável pelo La Vie, um empreendimento com unidades nos bairros Água Verde, Ecoville e Jardim Social, e com uma planta com área média de 165 m². “Procuramos trazer uma metragem mais inteligente. Vimos empreendimentos townhouse com um ticket médio muito alto. Então, buscamos uma forma de viabilizar uma residência que pudesse atender as famílias com praticidade, boa localização e com um valor final mais competitivo em comparação aos apartamentos.”
O perfil dos moradores desse tipo de empreendimento, explica Tomás, é, em geral, de um público mais jovem e que têm uma preocupação com a estética da moradia. Além disso, são compradores que aspiram ter mais contato com a natureza e uma vivência mais próxima com os vizinhos, mas sem abrir mão de um bom espaço privativo.
No La Vie Jardim Social, as áreas comuns visam ampliar o convívio entre os moradores.
No La Vie Jardim Social, as áreas comuns visam ampliar o convívio entre os moradores.
De acordo com a arquiteta Jessica Yumi Kai, da Central Construções Civis, também de Curitiba, o que os moradores das townhouses buscam é uma residência que consiga unir as vantagens de uma casa tradicional e de um apartamento. “Há uma boa procura pela possibilidade de ter mais ambientes e diferentes pavimentos. Na townhouse, você acaba tendo mais área privativa, área verde e ainda tem a segurança que um prédio consegue oferecer”, afirma.
Em relação à localização, o conceito foi explorado principalmente em bairros mais nobres. Outra vantagem é que, pelo estilo de construção, a townhouse se adapta a locais com terrenos menores. “Hoje em dia, é muito difícil você encontrar terrenos com dimensões muito grandes, e as townhouses conseguem ter um bom aproveitamento do espaço”, destaca a arquiteta.

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