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Artesãos do Largo da Ordem ganham feira online para manter as vendas ativas

Mariana Ceccon, especial para HAUS
17/04/2020 11:00
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Novo site da prefeitura reúne fotos dos trabalhos e contatos dos artesãos da Feira do Largo. | Reprodução

Há três décadas criando peças decorativas de crochê, Adelia Marteli nunca havia passado mais do que um domingo sem expor seus trabalhos na Feira do Largo da Ordem, em Curitiba. Junto com a irmã, ela é proprietária da AN Crochês, uma marca que começou com a matriarca da família e desde então mantinha-se do jeito mais tradicional possível: o cliente que gosta, recomenda para o outro. Pronto e acabou.
No vocabulário das irmãs não existia palavras como e-commerce e nem vendas por whatsapp. Mas desde a última segunda-feira (13), as duas passaram a fazer parte da vitrine virtual da Feira do Largo, uma iniciativa da Prefeitura de Curitiba e do Instituto Municipal de Turismo (IMT), para tentar manter ativas as vendas dos mais de 1.750 artesãos que expõem seus trabalhos todos os domingos, no centro histórico da capital.
"Eu estou achando a iniciativa ótima, porque não temos nem onde e nem para quem vender nessa situação de isolamento social. Nunca vivemos isso. Ainda não fechamos nenhuma venda, mas durante a semana alguns clientes já começaram a entrar em contato para perguntar sobre preços e modelos", conta Adelia.
Algumas peças da marca AN Crochês em exposição, no Largo da Ordem.
Algumas peças da marca AN Crochês em exposição, no Largo da Ordem.
Criado pelo Instituto Cidades Inteligentes (ICI), a plataforma on-line da feira levou cinco dias para ser desenvolvida. Ao todo, mais de 270 artesãos já cadastraram gratuitamente seus produtos e contatos na vitrine virtual, desde o início desta semana.
Divididos por categorias-- que incluem produtos alimentício; artes plásticas; arte em madeira; arte em plástico; arte em tecido; brinquedos; colecionador; decorativos; sabonetes, velas e difusores; utilitários e vestuário-- os artesãos usam o site apenas para colocar imagens dos produtos e promover seus contatos diretos. É por meio do whatsapp e telefone, que clientes e vendedores negociam as formas de entrega dos produtos e a melhor forma de pagamento.
“Criamos uma vitrine que contempla, além de informações dos produtos, os contatos, as redes sociais e plataformas para venda online de feirantes com alvará da prefeitura”, explica o coordenador de Portais do ICI e responsável pelo projeto, Luciano Cardoso.
Além da vitrine, o instituto também desenvolveu uma ferramenta de gestão que permite aos responsáveis pelo site aprovar os dados e gerenciar todo o conteúdo publicado na página. “O IMT está fazendo uma força tarefa com os feirantes para todos realizarem o cadastro na plataforma”, garante o coordenador.
Para se cadastrar na vitrine virtual é preciso que o interessado vá até a plataforma online, através de um computador ou smartphone, e preencha um cadastro, que inclui o número de alvará e até 10 fotos de peças disponíveis para venda. A aprovação é feita em até 24 horas.

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