Arquiteta desvenda obras que fundem arte e arquitetura pelo mundo

Daniela Busarello
24/08/2016 22:50
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Fotos: Divulgação

Paisagens e miragens

Elemento

Nos jardins e no Palácio de Versailles, o dinamarquês de pais islandeses, Olafur Eliasson, quer mostrar algo além do “simples impressionar” deste lugar tão magnífico. Ele convida os visitantes a experimentar a água em seus diversos estados. Na época de construção do Castelo, a engenharia foi desafiada a construir e fazer funcionar todos os lagos, canais e chafarizes.
A pesquisa de Olafur por meio da arte é investigar a percepção, o movimento, a experiência física e o sentimento de si mesmo. Em Versailles ele maximiza o elemento água. Seja por uma fonte glacial (Glacial Rock Flour Garden) feita de pedras que representam uma fonte congelada, por um grande anel-espaço feito de vapor (Fog Assembly), ou pela cascata (Waterfall) no início do espelho d’água.

Volume

Um jogo de opacidade e transparência, sólido e efêmero. A intenção do escritório de arquitetura BIG (Bjarke Ingels Group), que assina a instalação no jardim do Pavilhão da Serpentine Gallery, em Londres, foi distorcer uma parede reta em uma curva de impressões. A perspectiva mostra ora um volume retangular, ora curvo, ora opaco, ora transparente.
Questiona os limites e cria um conceito : “BiGamy”, ou a combinação de elementos que parecem incompatíveis e que juntos se transformam em algo novo. Um híbrido entre edifício e peça de mobiliário, como se a parede fosse uma estante gigante que foi distorcida para criar um espaço. Tudo isso apenas repetindo um único elemento, um paralelepípedo vazado.
Em Londres, um híbrido de edifício e peça de mobiliário, criado pelo escritório BIG.
Em Londres, um híbrido de edifício e peça de mobiliário, criado pelo escritório BIG.
Sobre a água
No Lago Iseo, a 100 km de Milão, descortinou-se o primeiro projeto italiano de Christo e Jeanne-Claude: um deque flutuante amarelo que conecta a terra, Sulzano, a uma pequena ilha dentro do lago, Monte Isola.
Este projeto foi concebido pelo casal nos anos 1970, sem que eles soubessem onde e como seria viável executá-lo. Jeanne-Claude faleceu em 2009, mas Christo e sua equipe continuaram a buscar o lugar ideal para o “The floating Piers”. Foram apenas 16 efêmeros dias, de 18 de junho a 3 de julho deste ano, que permitiram a poesia de fazer uma “passeggiata” (um passeio) de 3 quilômetros sobre as águas.
Passarela criada por Christo, no Lago Iseo, em Milão.
Passarela criada por Christo, no Lago Iseo, em Milão.

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