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Decoração

Antes e depois: cama elevada e guarda-roupa estante transformam quarto em reforma DIY

Sharon Abdalla
23/03/2020 22:56
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Foto: Matheus Ilt/Divulgação | Matheus Iltchechen

Falta de espaço para guardar malas, eletrodomésticos, ferramentas e todo tipo de objetos que não cabem em nenhum outro lugar da casa. Dar uma solução para o problema, compartilhado por muitas pessoas que moram em apartamento (e em casas também), foi o ponto de partida da reforma que Matheus Ilt realizou no quarto que divide com o namorado, Célio Olizar, em um imóvel alugado, em Curitiba.
Com pouco mais de 13 m², o cômodo já havia passado por uma reforma anteriormente - que tinha trocado o bege das paredes por uma pintura geométrica e trazido mais iluminação por meio de spots -, mas não tinha sido suficiente para dar conta de tudo o que precisa ser guardado no guarda-roupa embutido, único armário da casa.
A solução, que se tornou o ponto de destaque do projeto, veio de uma inspiração gringa: uma cama elevada assinada pelo estúdio alemão Oink, que Matheus reproduziu no melhor estilo 'faça você mesmo', comum nas obras que ele realiza na sua própria casa e na de amigos. "A solução se encaixava tão bem no espaço e na necessidade que temos que não tinha como fazer diferente", conta.
Foto: Matheus Ilt/Divulgação
Foto: Matheus Ilt/Divulgação
Com estrutura em madeira de pinus coberta por chapas de compensado (compradas cortadas nas medidas necessárias para o projeto), ela foi montada dentro do cômodo com vigas, estrado e fechamento que permitiram ao móvel se autossustentar, sem a necessidade de fixação nas paredes. Os furos na chapa, que permitem que o colchão "respire", também aparecem nos gavetões da escada que dá acesso à cama e nas portas do espaço de armazenagem, que ocupa toda a área sob o móvel e tem 70 cm de altura. "Tive a altura da mesa como base para a da cama, para que elas ficassem no mesmo nível, como uma superfície única", destaca Matheus.

Novo, de novo

Na outra extremidade do cômodo, é o guarda-roupa quem chama atenção. Embutido, ele já havia sido pintado anteriormente com tinta preta, que foi removida para a aplicação de uma tinta própria para móveis de madeira na cor branca - esta característica evita que o tom amarele após a secagem.
Foto: Matheus Ilt/Divulgação
Foto: Matheus Ilt/Divulgação
O pulo do gato, no entanto, está na retirada das portas do antigo maleiro, que se transformou em uma espécie de nicho para abrigar objetos de decoração e livros, cujo acesso se dá por meio de uma charmosa escada de biblioteca. Além de funcional, o elemento tem um forte apelo decorativo e foi feito com a mesma madeira de pinus da cama e fixado com ganchos em um roliço de madeira.
Além das portas, o armário também perdeu um espelho lateral, retirado para que a porta de correr entre no vão existente entre o móvel e a parede. "Por estar na parede oposta à da janela, ele é a superfície onde primeiro bate a iluminação natural, e o preto 'engolia' a luz que entrava. Além disso, a porta anterior, que sempre ficava aberta, criava um triângulo inutilizado entre ela, o guarda-roupa e a parede. A porta de correr fez com que ganhássemos este espaço e o branco do armário trouxe mais vida ao quarto", avalia Matheus.
Foto: Matheus Ilt/Divulgação
Foto: Matheus Ilt/Divulgação
Além do melhor aproveitamento da luz natural, o cômodo recebeu uma luminária suspensa, feita com lâmpadas tubo fixadas no teto com barra roscada, porca e braçadeira (a um custo total de R$ 90), que parece flutuar no quarto, inspirada na iluminação de neon. Para a luz de leitura, a aposta foi em uma luminária de teto, que no projeto mudou de lugar e foi fixada na parede, ao lado da cabeceira.
A forma curva delas segue a aplicada com tinta cinza em uma das paredes para destacar o cantinho destinado aos cactos dos moradores, dispostos em prateleiras também pintadas de cinza. Nas demais, o branco predomina, com exceção do teto, que recebeu pintura em preto.

Para caber no bolso e na vida

A reforma durou dois meses e custou cerca de R$ 2,5 mil (considerando apenas os materiais). "O que mais mudou o ambiente foi a tinta, que é uma coisa barata. A aposta em soluções simples faz com que se possa economizar dinheiro com uma coisa para investir em outra, em uma peça mais cara ou assinada", destaca Matheus. No caso do quarto, tal investimento foi direcionado para a cadeira da mesa que faz as vezes de escritório.
O criador e sua criatura. Foto: Matheus Ilt/Divulgação
O criador e sua criatura. Foto: Matheus Ilt/Divulgação
Ele lembra, ainda, que o fato de morar em um imóvel locado não impede que sejam feitas melhorias nos ambientes. "Não é porque moramos em um apartamento alugado que vamos viver esperando ter a nossa casa própria. Esta é a nossa casa, hoje. Se a pessoa for tratar toda casa como uma casa de passagem, nunca vai ser feliz nela", argumenta.
A dica, neste sentido, está em investir em soluções adaptáveis e facilmente removíveis, como é o caso da pintura e dos móveis que Matheus tem em casa: a maioria parafusados.

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