Seja como apoio para as refeições, bancada para objetos decorativos ou para guardar louças e talheres, os buffets são peças-chaves nas salas de jantar. De modo geral, são acomodados próximos às mesas, uma vez que sua principal função é acrescentar praticidade para servir os preparos e garantir acesso rápido a utensílios sem precisar se deslocar até a cozinha.

O uso mais clássico dos buffets é para guardar louças e talheres especiais, porém, como explica o arquiteto Marko Holsten-Kjer, essa função tem sido ressignificada pela necessidade de aproveitamento do espaço, que tornou os buffets úteis mesmo para acomodar todos os tipos de utensílios. “Hoje, as pessoas estão vivendo em ambientes menores. O buffet traz essa facilidade de ganhar espaço na cozinha”, destaca.

Ainda como parte de seu uso mais contemporâneo, os buffets também servem como bancadas de apoio para vegetação, obras de arte, bandeja de bebidas e objetos decorativos. Dessa forma, tonar-se um móvel interessante para investir na ambientação da sala de jantar. Segundo o arquiteto, os buffets são uma alternativa para criar um ponto de destaque na paleta de cores da sala. “Acho que os buffets são uma oportunidade para você criar em contraste com o contexto. Quando fazemos tudo muito combinado perde-se um pouco da personalidade do ambiente”.

Via de regra, ambos servem como apoio na sala de jantar, porém enquanto os buffets possuem uso interno, os aparadores são desenhados apenas com o tampo superior. Por esse motivo, são ideais quando se pensa em aproveitamento do espaço. “Tem se utilizado mais os buffets justamente para criar mais espaço para guardar as coisas. A procura pela peça com um design mais leve, que normalmente não vai até o chão e tem os pés mais soltos, é uma estética que vem um pouco com o design do aparador”, explica Holsten-Kjer. Os aparadores, por sua vez, podem ser utilizados em outros espaços além da sala de jantar, como hall, corredores de passagem e encostado aos sofás, como peças decorativas, servindo de apoio para objetos.

Inspiradas pelo mobiliário e arquitetura modernistas, as designers Amélia Tarozzo, Camila Fix, Flávia Pagotti Silva e Rejane Carvalho Leite, da Plataforma4, produziram o buffet Aero, peça que tem estrutura em madeira maciça torneada, interior com prateleiras de vidro e fechamento em palha nas portas. Esse buffet recebeu menção honrosa no 32º Prêmio Design do Museu da Casa Brasileira, em 2018, um dos 50 premiados entre 663 trabalhos inscritos nesta edição. A peça faz parte de um dos ambientes que fará parte da mostra Casa Cor Paraná em 2021, assinado pela arquiteta Renata Pisani. A escolha pelo móvel seguiu uma tendência atual de buffets com cantos arredondados e pela leveza que confere ao projeto. “Ele tem os pés palito torneados com essa linguagem levemente arredondada. Gosto muito das portas de palha, é um material que também está bem alta, e gosto muito dessa peça pela leveza que ela traz”, destaca.

Com inspiração em linhas do modernismo arquitetônico, o buffet Arch, desenvolvido pelo designer Bruno Faucz, possui um desenho limpo e formas geométrica talhadas na madeira das portas e gavetas. O volume do corpo do móvel é contrastado com os pés triangulares e delicados, que conferem leveza à peça. “Essa peça é interessante porque apesar de ter um acabamento de madeira rústica ela traz uma leveza muito grande pelos pés serem metálicos, finos e altos”, destaca Marko Holsten-Kjer. O arquiteto utilizou a peça em um de seus projetos para conferir contraste ao ambiente, destacando a madeira escura do buffet entre os painéis claros nas paredes e o piso de cor neutra.

Desenhado pela dupla de designers André Bastos e Guilherme Leite Ribeiro, do estúdio Nada Se Leva, o Buffet Labirinto é inspirado no artista plástico holandês Piet Mondrian pelas linhas retas nas portas do móvel, trabalhadas de forma delicada em latão. A peça apresenta um design limpo, caracterizado por elegância e leveza, combina com salas de jantar modernas ou clássicas.

*Valores das peças sob consulta na loja Simmetria Ambienti: www.simmetriaambienti.com.br