Nada melhor do que um bom banho para encerrar um longo dia. A água caindo no corpo é capaz de renovar as energias e promover uma profunda sensação de relaxamento, desde que o chuveiro utilizado seja de qualidade, claro!

A escolha assertiva de um bom chuveiro faz toda diferença para a experiência do banho e também para a economia na conta de luz. E a decisão por qual aparelho adquirir deve levar em conta diversas características para proporcionar funcionalidade, conforto e uma ampla vida útil.

Para te ajudar a escolher um bom chuveiro, conversamos com Danielle Dantas e Paula Passos, arquitetas da Dantas & Passos Arquitetura. As profissionais dão dicas do que precisa ser avaliado na hora de comprar o produto. Confira!

Entender sobre as instalações do seu imóvel é indispensável e deve ser um dos primeiros tópicos avaliados. A rede é mais adequada para chuveiros a gás ou elétricos?

Outra questão é a pressão da coluna de água. A escolha do chuveiro precisa considerar esse fator, que muda de imóvel para imóvel. No caso de residências ou apartamentos com baixa pressão, é recomendado o uso de um pressurizador ou de aparelhos que tenham o equipamento embutido.

A marca do chuveiro também deve fazer parte do processo de escolha. Ela deve ter credibilidade no mercado e uma boa assistência técnica no pós-venda.

Já a escolha entre as opções de teto e de parede também depende das instalações hidráulicas. Neste quesito, a altura do pé-direito do banheiro também deve ser levada em consideração.

As duas opções são interessantes. O modelo de parede é mais comum e, geralmente, é utilizado onde as instalações da tubulação hidráulica já são embutidas na parede.

Eles podem ser instalados com ou sem tubos. Quando o tubo é escolhido, ele proporciona uma distância maior entre a parede e o jato.

Nos modelos de teto, a instalação hidráulica deve ser feita especialmente no teto. Nesse caso, é necessário um forro de gesso para esconder a tubulação.

Esse modelo específico proporciona uma disposição diferente no banheiro, podendo ser instalado de forma centralizada no box.

Para esse chuveiro, a altura do pé-direito do banheiro (que é a distância entre o chão e o teto), não deve ser muito alta, para não interferir no jato de água. O ideal, neste caso, é que ele fique em torno de 2,40 m e 2,50 m.

Na hora de escolher a sua peça, o tamanho do espalhador, que é a estrutura do chuveiro que possui os buraquinhos por onde a água sai, importa bastante. É ele que define a cobertura do banho e, por isso, existem diversas opções de tamanhos.

“Espalhadores maiores dão maior cobertura no banho, mas, se preferir um jato mais direcionado e intenso, a dica é escolher um espalhador menor. Além disso, quando a rede tem menor pressão de água, o espalhador menor também é mais indicado”, destacam as arquitetas.

Outra questão que envolve o gosto pessoal do usuário é o jato. Existem diversos modelos no mercado, como o jato com massageador, jato linear, jato direcionável, tipo cascata e muitos outros.

Um fator muito importante é a potência, que diz respeito à capacidade que o equipamento tem de esquentar a água.

Segundo as arquitetas, “quanto maior a potência, mais o chuveiro vai esquentar a água. Em contrapartida, quanto maior a potência, maior será o consumo de energia. Os fatores estão diretamente relacionados”, afirmam.

Você pode realizar a escolha levando em conta a temperatura do local onde vive, além da vazão e pressão da água no seu banheiro. Se a pressão e a vazão forem maiores, você vai precisar de uma potência maior, porque a quantidade de água a ser aquecida será superior.

A maneira mais eficaz é escolher um chuveiro de potência compatível com a sua rede elétrica, para que, assim, ele possa funcionar corretamente e aquecer a água em um temperatura satisfatória.

Como já mencionado, a potência do chuveiro pode elevar bastante o gasto de energia, refletindo no valor das contas.

Um fator importante é o tempo que o chuveiro demora para aquecer a água. No entanto, a melhor forma de economizar não é se preocupando tanto com a potência ou a voltagem, mas sim se conscientizar sobre a duração dos banhos. Quanto mais demorados, maior será o impacto deles sobre o consumo energético.

Os principais tipos de chuveiro são o elétrico e o a gás, e cada um possui características específicas.

No chuveiro elétrico, a água é aquecida no próprio equipamento, o que resulta em uma perda de água muito menor, já que o aquecimento é rápido.

No caso dos chuveiros a gás, a instalação demanda uma tubulação preparada para água quente e um aquecedor de passagem, já que não é o próprio equipamento que aquece a água. Esses modelos, geralmente, oferecem uma vazão maior de água e podem ter mais pressão.

Uma opção sustentável é o chuveiro híbrido, que alia a utilização de energia solar e elétrica. Em dias de sol, o equipamento utiliza a fonte natural e, em dias nublados, a eletricidade. Essa solução pode diminuir bastante os gastos com energia.

As arquitetas Danielle Dantas e Paula Passos destacam um fator importante: “tudo depende das instalações existentes no imóvel”.

Assim, é indispensável entender as características hidráulicas e elétricas e levá-las em consideração para que a escolha do chuveiro atenda às suas necessidades. Em caso de dúvidas, converse sempre com um profissional habilitado.