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Direto da casa da vovó: cristaleiras voltam a protagonizar a decoração; veja ideias de como usar

Isadora Rupp, especial para a HAUS
12/03/2021 12:49
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Neste projeto, a arquiteta Cristiane Schiavoni deu destaque para a cristaleira, que tinha um valor sentimental para a família. | Carlos Piratininga/Divulgação

A vida da professora de geografia Pri Almeida, 37 anos, mudou completamente no último ano: moradora da zona oeste do Rio de Janeiro, já tinha vivido em uma casa e em um apartamento amplo na região, mas necessitava de algo mais central por conta do trabalho. Mudou-se então para um apartamento de pouco mais de 50 m² no bairro do Flamengo, e precisou enxugar a decoração. Mas tem um móvel que, mesmo ocupando muito espaço, a professora fez questão de manter: a cristaleira, que ela acomoda em um canto da sala.
Pri, que divide suas ideias de decoração no @ape_perdido_na_cidade, é uma fã do móvel que deixou o status daquele armário antigo de "casa de vó" para se tornar um protagonista na decoração, a exemplo do apartamento da professora, que divide o espaço com o marido e dois gatos. "Eu preferi deixar a sala apertada do que me desfazer dela, que é um móvel que remete ao antigo e ao mesmo tempo é super moderno", fala.
A arquiteta Cristiane Schiavoni, à frente do escritório que leva o seu nome, costuma empregar bastante a cristaleira em seus projetos, principalmente por conta da funcionalidade. "A peça é uma forma organizada de deixar tudo mais acessível no setor social da casa", fala.
Cristaleira também pode ser ponto de cor na decoração mais neutra. Foto: Carlos Piratininga/Divulgação
Cristaleira também pode ser ponto de cor na decoração mais neutra. Foto: Carlos Piratininga/Divulgação
Outro aspecto positivo do móvel, pontua Pri Almeida, é a versatilidade e a proteção dos objetos. "Eu gosto de ter um cantinho do café e queria deixar isso mais visível. Na cristaleira consigo mostrar sem que acumule muita poeira e sujeira. E eu também posso, quando quiser mudar a decoração, usar ela como um armário para livros, por exemplo".
A professora Pri Almeida na sala de seu apartamento, no bairro do Flamengo. Foto: Pri Almeida/Arquivo pessoal
A professora Pri Almeida na sala de seu apartamento, no bairro do Flamengo. Foto: Pri Almeida/Arquivo pessoal
Segundo a arquiteta Cristiane, é essencial saber arrumar os itens dentro da cristaleira: nada de deixar tudo "jogado"ou sem um padrão de organização. Busque enaltecer os objetos que mais agradam e com memória afetiva.
Na hora de comprar o móvel, fala a arquiteta, é ideal medir o espaço para que ela comporte os itens da casa sem ficar "amontoada" com outros mobiliários - sala de jantar, estar e varanda que conte com espaço para cozinhar e receber são alguns dos cômodos que melhor comportam a cristaleira. A cozinha também é um bom local, ainda mais se for mais ampla.
Em modelos de cristaleira sob medida, Cristiane explica que é possível criar vãos com alturas diferentes, para otimizar os espaços.
No mercado não faltam opções, mas quem gosta de algo mais vintage pode garimpar cristaleiras em antiquários. Só se atente, alerta Cristiane, para o estado de conservação e o vidro da porta - certifique-se que o material seja de cristal, e não de vidro comum. Não esqueça de checar se não há infestação de cupins, o que pode tornar o garimpo uma dor de cabeça.

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