Preparando o ninho

Decoração

Da escolha do mobiliário à decoração: como montar o quarto do bebê aconchegante e funcional

Vivian Faria, especial para HAUS
24/08/2020 19:46
Thumbnail

Feito em marcenaria e em tons neutros, o projeto da Kids Arquitetura prevê a substituição do berço e da poltrona por uma cama e a transformação do trocador em escrivaninha. Foto: Patrícia Amâncio | Patricia Amancio

Acolher um bebê que chega à família também passa por montar o quarto que ele vai ocupar na casa, criando um ambiente confortável e prático – para ele e, num primeiro momento, também para os pais. Antes de arregaçar as mangas e colocar as mãos à obra, porém, é interessante refletir sobre a expectativa relacionada ao uso do quarto, à flexibilidade do projeto e o investimento a ser feito.
De acordo com a arquiteta e sócia da Kids Arquitetura, Keyla Kinder, considerando esses fatores, são dois os perfis de pais: aqueles que optam por focar em móveis “soltos” e os que preferem desenvolver um projeto de marcenaria. “Às vezes a família já tem um móvel no cômodo que eles querem aproveitar ou sabem que o quarto ou a casa não vão ser definitivos na vida da criança”, diz ela sobre o primeiro caso.
Com essa escolha, além da flexibilidade para mudar os móveis ou levá-los para outro cômodo ou casa, as vantagens são o investimento menor – pelo menos no momento em que o quarto é montado, já que mais tarde outro deverá ser feito para substituir os móveis de bebê – e uma facilidade maior para reaproveitar os móveis no quarto de futuros filhos.
No segundo perfil, entram principalmente os pais que querem criar um ambiente onde a criança possa crescer sem que haja necessidade de muitas mudanças. “Um quarto feito com marcenaria sob medida pode durar tranquilamente até a adolescência da criança”, diz Keyla. Trabalhando principalmente com projetos que envolvem marcenaria, a arquiteta Larissa Lóh explica: “Quando vamos pensar no armário ou roupeiro, pensamos para uma criança mais velha. Também já deixo previsto os pontos elétricos, os interruptores, para quando for ter uma cama e uma escrivaninha.”
Mesmo quando a opção é essa, móveis como berço, cômoda e poltrona de amamentação podem ser comprados separadamente, ao invés de feitos sob medida. Nesses casos, costuma-se usar berços que se transformam em minicamas, podendo acompanhar a criança por alguns anos. Ou, então, prever no projeto onde ficará a cama – que virá para substituir o berço – além da poltrona e até da cômoda.
Entre os pontos positivos, além de ter uma “validade” maior, o quarto em marcenaria ajuda a contribuir para a organização do ambiente, já que espaços específicos são criados para a criança brincar ou para armazenar brinquedos e objetos. Assim, é mais fácil mantê-lo organizado no dia a dia.

Para garantir o aconchego

Depois de escolher um tipo de projeto, é preciso definir o estilo do quarto. Ele poderá ser clássico ou moderno, ter temas ou não. E deve ser organizado para garantir o conforto e a praticidade, o que depende da disposição das peças de mobiliário, dos próprios móveis, da iluminação e de detalhes que podem fazer a diferença na rotina dos pais.
Principal móvel do cômodo, o berço deve, além de proporcionar conforto e segurança para a criança, ser posicionado longe de janelas para evitar que o bebê esteja exposto a muita luz ou a correntes de ar. Além disso, é preciso considerar a segurança quando a criança começar a se levantar sozinha.
Poltrona de amamentação é uma das peças centrais dos quartos de bebê. Foto: Patrícia Amâncio
Poltrona de amamentação é uma das peças centrais dos quartos de bebê. Foto: Patrícia Amâncio
Já a poltrona de amamentação pode ser colocada próxima à janela. “Gostamos disso pela iluminação natural”, explica Keyla. A poltrona, aliás, é outro item de extrema importância no quarto e deve ser priorizada. “Uma poltrona confortável é muito importante, porque passa-se muito tempo nela nos primeiros meses”, diz Larissa. Para deixar esse canto do quarto ainda mais aconchegante, recomenda-se que o móvel seja acompanhado de uma mesa lateral para apoio e uma luminária para ser usada à noite.
Para guardar as roupas, os pais podem escolher entre uma cômoda ou um armário - ou os dois. “Entre ter só um armário ou só uma cômoda, indicamos a cômoda, pois além de armazenar as roupas, tem o espaço do trocador”, afirma Keyla. Nesse caso, também é interessante que o item fique longe de janelas e é importante que tenha uma altura adequada para evitar o desgaste de quem troca acriança. Outra dica é posicionar ganchos, nichos ou prateleiras próximo ao móvel, para ter ao alcance das mãos os objetos necessários para trocar o bebê.
Para além dos cuidados com o mobiliário principal do cômodo, outros itens ainda podem influenciar o conforto e a praticidade do quarto. “A iluminação não pode ofuscar muito, por conta da sensibilidade do bebê, então gostamos de usar luzes dimerizáveis ou indiretas. Um tapete também é sempre gostoso para o quarto ficar mais aconchegante e cortinas contribuem para aquecer o ambiente”, explica Larissa.

Enquete

Você sabe quais são as vantagens de contratar um projeto de arquitetura para sua obra de reforma ou construção?

Newsletter

Receba as melhores notícias sobre arquitetura e design também no seu e-mail. Cadastre-se!