Proteger-se com luvas e óculos é uma medida importante e que poucas pessoas seguem. “Até em atividades pouco complexas, como a fixação de um prego ou parafuso, corre-se o risco de um acidente. É importante lembrar desses detalhes.”
A maior preocupação fica por conta da rede elétrica, campeã em acidentes domésticos fatais. Segundo a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), a média anual de pessoas acidentadas dentro e fora de casa chega a um mil em todo país – pelo menos 40% dos acidentes acontecem em casa.
Duas regras são importantes: desligar os disjuntores no quadro de distribuição, que protegem o circuito elétrico de curtos e sobrecargas; e usar ferramentas (alicates, chaves de fenda, tesouras, estiletes) isoladas, com cabo protegido por borracha ou plástico, para evitar choques, lembra o gerente da Doutor Faz Tudo (franquia nacional de manutenção rápida de imóveis), Ricardo José Carneiro. “É importante lembrar que água e energia elétrica não combinam. Então nunca faça o reparo se houver umidade no local.”
Outro ponto destacado por Carneiro é não insistir no reparo ao perceber que não conseguirá resolvê-lo. “Um conserto mal feito pode ser mais prejudicial do que a situação anterior. Se não conseguir resolver o problema, pare e consulte um técnico capacitado”, recomenda.
Para o gerente de consultoria da Universidade Multicoisas Jair Tavares, a escassez de mão de obra para a área de construção civil, e o consequente aumento de preços na prestação de serviços de manutenção, motiva cada vez mais as pessoas a tentarem o conserto por conta própria. Soma-se a isso o aumento da oferta de produtos que seguem o conceito do “faça você mesmo”, muito comum nos Estados Unidos. “Uma vedação de janela, pintura de paredes e até a montagem de móveis estão mais fáceis, pois os produtos têm mais tecnologia”, comenta.
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