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Maison&Objet 2022: tendências e lançamentos da maior feira de decoração da França

HAUS*
24/03/2022 22:43
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Maior feira de decoração da França e uma das maiores exibições de decor e design do mundo, a Maison & Objet Paris 2022 acontece de 24 a 28 de março na capital francesa com mais de 1,8 mil expositores de todo o globo.
HAUS alia-se à startup Let's Arch e aos seus embaixadores do Italian Bark + SOMA Studio Milano para trazer as principais macrotendências e lançamentos apresentados no evento.

Designer do ano de 2022

Franklin Azzi é o designer do ano de 2022, segundo a curadoria artística da Maison & Objet Paris.
Franklin Azzi é o designer do ano de 2022, segundo a curadoria artística da Maison & Objet Paris.
Todo ano a feira francesa anuncia o designer do ano. Já receberam o título da designer britânica Ilse Crawford ao designer chipriano Michael Anastassiades, criador das luminárias mais desejadas do mundo. Nesta edição o título vai para o arquiteto francês Franklin Azzi.
"Tendo sido incapaz de apresentar sua instalação [de futurismo retrô] ao receber o prêmio em setembro de 2020, Franklin Azzi será agora o centro das atenções na edição de março de 2022", explica, por meio de nota para a imprensa, a Maison & Objet Paris 2022.
Edifício do Hotel Mama Shelter Dubai, nos Emirados Árabes, criado por Franklin Azzi.
Edifício do Hotel Mama Shelter Dubai, nos Emirados Árabes, criado por Franklin Azzi.
Trabalhando em seu próprio escritório desde 2006, Azzi desenvolve uma abordagem interdisciplinar que se baseia em um pot-pourri de perspectivas e disciplinas, provocando um diálogo entre arquitetura, design de interiores, design e arte moderna.
Do tipo de microarquitetura urbana encarnada pelo quiosque da Torre Eiffel até sua estrutura pré-fabricada para torres em Dubai e Paris, sem esquecer da requalificação de estruturas existentes, como os armazéns da Alstom em Nantes, seu trabalho é sustentado por uma busca contínua pela sustentabilidade sob medida.
Quiosque na Torre Eiffel assinado por Franklin Azzi.
Quiosque na Torre Eiffel assinado por Franklin Azzi.
Dando as costas ao estilo formal, Azzi desenvolve arquitetura minimalista em sua estética, e maximalista em sua funcionalidade multifacetada, defendendo resolutamente um retorno ao ‘senso comum’. Ele segue firmemente os passos do filósofo e urbanista Paul Virilio, o pensador e arquiteto de quem foi uma vez estudante.
Detalhe de uma das salas do badalado coworking projetado por Azzi em Paris: o The Bureau Monsigny.
Detalhe de uma das salas do badalado coworking projetado por Azzi em Paris: o The Bureau Monsigny.

Técnicas manuais + tradições + identidade cultural

Paris se rende ao Japão! A feira dedica dois espaços generosos para designers em ascensão do país asiático. A curadoria é do arquiteto japonês Kengo Kuma. Em suas criações aparece uma mistura habilidosa de técnicas artesanais com tecnologia.
Yuri Himuro, artista têxtil japonês, abraça a biofilia em formas e cores.
Yuri Himuro, artista têxtil japonês, abraça a biofilia em formas e cores.
Na avaliação da italiana Elisabetta Rizzato, do Italian Bark, e da publicitária goiana Ana Luiza Magalhães, do SOMA Studio Milano, que conduz estudos sobre tendência de comportamento na decoração, economia circular e materiais, isso mostra um movimento amplo de recuperação de tradições, de habilidades antigas, o que também ajuda a resgatar identidades culturais e a sensação de autenticidade e pertencimento.
Kodai Iwamoto traz a coleção Pari Pari, uma expressão japonesa que remete ao barulho de de gelo quebrando ou pratos rachando. Ele reinterpreta a técnica milenar Hegi, utilizada para cortar a madeira no machado, e não com máquinas, ao longo do sentido das fibras, o que resulta em uma superfície mais gostosa e sem chance de se deformar. As finas camadas são unidas por cola e a substância é retirada antes de endurecer, criando esses padrões aleatórios e naturais.
Kodai Iwamoto traz a coleção Pari Pari, uma expressão japonesa que remete ao barulho de de gelo quebrando ou pratos rachando. Ele reinterpreta a técnica milenar Hegi, utilizada para cortar a madeira no machado, e não com máquinas, ao longo do sentido das fibras, o que resulta em uma superfície mais gostosa e sem chance de se deformar. As finas camadas são unidas por cola e a substância é retirada antes de endurecer, criando esses padrões aleatórios e naturais.

Móveis portáteis de longa duração

A artista japonesa Satomi Minoshima apresenta a coleção Couro Inflável.
A artista japonesa Satomi Minoshima apresenta a coleção Couro Inflável.
Um dos destaques vai para a coleção Couro Inflável, da japonesa Satomi Minoshima, que discute o valor de móveis e objetos de decoração. Eles são mais leves, desmontáveis e portáteis, e foram pensados para durar mais do que produtos infláveis comuns, que geralmente são utilizados apenas em emergências. As cores são inspiradas nos tons de pele, enfatizando que a derme humana funciona como uma interface com o ambiente.

Colheita de ferrugem

Criação do Studio Yumakano a partir de oxidação e resina.
Criação do Studio Yumakano a partir de oxidação e resina.
Outro destaque vai para um projeto experimental do Studio Yumakano, que utiliza a ferrugem com resina para criar revestimentos. O material explora a imperfeição dos materiais, o desgaste natural que vem com o tempo, as texturas da oxidação e as diferentes matizes, permitindo aplicação em paredes, divisórias, bancos, tampos etc. O tamanho e a espessura são customizáveis.

Combinação descontraída de formas geométricas

Coleção de luminárias Suki, de Baku Sakashita.
Coleção de luminárias Suki, de Baku Sakashita.
A coleção de luminárias Suki, de Baku Sakashita, apresenta um novo olhar sobre as tradicionais lanternas de papel japonesas. Elas são versões desconstruídas que recriam o “ma” (espaço) entre a fonte de luz e o papel, em uma combinação descontraída de formas geométricas.

Novos materiais a partir de recursos "sem valor"

Studio Yumakano cria novo material a partir de elementos sem valor da floresta.
Studio Yumakano cria novo material a partir de elementos sem valor da floresta.
Material inédito feito pelo Studio Yumakano com recursos considerados sem valor para a indústria da construção e de móveis - que geralmente só têm olhos para as árvores das florestas -, como pequenas árvores, folhagens, casca de árvores, sementes e solo. Isso tudo é misturado a uma base mineral reativa com uma resina acrílica à base de água, sem solventes orgânicos ou componentes orgânicos voláteis.

Biofilia

Argilas orgânicas esculturais por Toru Kurokawa.
Argilas orgânicas esculturais por Toru Kurokawa.
Toru Kurokawa cria esculturas biomórficas com argila, inspiradas por estruturas biológicas, como colmeia, corais, germinação e cristalização.

Papel em movimento

Coleção Doshi, de Haruka Misawa, faz os papéis, um material importante para a cultura japonesa, dançarem a bel-prazer por meio de sua magnetização com partículas metálicas, mas preservando sua textura e visual originais.

Superfícies translúcidas

Peças de Jonathan Ausseresse, com formas curvas e brilhantes, em alusão às ondas do mar e da água.
Peças de Jonathan Ausseresse, com formas curvas e brilhantes, em alusão às ondas do mar e da água.
Superfícies que imitam as ondas do mar e da água, com um efeito brilhante, continuam fortes e são destaque nas criações de Jonathan Ausseresse, conhecido por seu conhecimento de vidro, da química da oxidação metálica e de pedras vulcânicas.
*Com Let's Arch, Italian Bark e Soma Studio Milano.

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