Decoração

Para brincar com cores e formas

Ana Carolina Nery
21/01/2011 02:02
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Fácil de aplicar, a pastilha está mais popular do que nunca. Há no mercado opções para todos os gostos: brilhantes, coloridas – que permitem criar mosaicos e figuras – quadrada, redonda ou em pequenas placas retangulares, feitas de vidro, mármore, inox, cerâmica, porcelana (fosca ou esmaltada), madeira e até plástico. A variedade é tanta que, em regiões de clima quente ao longo de todo o ano, ela pode ser uma ótima opção para revestir paredes da casa inteira – até quartos e salas de jantar e estar.
Para a arquiteta Flavia Meyer as pastilhas são uma solução moderna, que lhe permite usar toda a criatividade nos projetos. “Hoje não é mais preciso revestir toda a cozinha ou o banheiro com azulejos. A pastilha entra somente nas áreas molhadas, atrás da pia ou no detalhe de uma bancada”, sugere.
Para as áreas com muita umidade, como do chuveiro, a arquiteta indica a pastilha de vidro. “Ela é mais lisa, isso facilita a limpeza. Já a peça de mármore fica melhor em detalhes, como em molduras de espelhos, churrasqueiras e lareiras, por ser mais irregular e porosa”, diz. “Além disso, tem um preço mais elevado.” A peça de vidro é a mais utilizada, com metragem tradicional de 2×2 centímetros – mas há opções entre 1×1 centímetro e 5×5 centímetros – e é vendida em placas de 32×32 centímetros, em média.
Uma vantagem da pastilha, diz o proprietário da loja Rossi Revesti­mentos, Cássio Luís Rossi, é que as emendas não aparecem, dando a sensação de continuidade na parede. “É possível ter impressão de profundidade com um trabalho de cores em degradê, como de cachoeira”, sugere Rossi. “A pastilha é ideal para ambientes pequenos, por causa da dimensão da peça.”
Com as peças de plástico (termoplástica), Rossi diz que é possível criar um efeito idêntico ao do modelo de vidro, mas com a metade do custo – e a vantagem de ser sustentável. “A uma distância de 2,5 metros a diferença chega a ser imperceptível. E ela pode ser reciclada por até oito vezes, podendo ser retirada, reciclada e reaplicada na obra, inclusive com uma nova cor.”
Porcelanato
No porcelanato, ao contário, as peças geralmente são maiores – podem medir até 3 metros de comprimento. “Há opções para revestir um banheiro utilizando uma, duas ou até três placas apenas, ao invés de dezenas de pequenas peças”, diz o designer de produto Eduardo Boselo Ponciano, da Eliane Cerâmicos. Os pequenos quadrados ficam para os detalhes. A vantagem, nestes casos, é evitar o uso de muito rejunte para dar acabamento. “Dependendo do produto, fica muito feio, além de acumular menos sujeira entre as peças.” Diminuir a quantidade de rejunte também ajuda a evitar o destacamento das peças da superfície (problema comum dos pequenos azulejos quadrados). “Isso ocorre porque uma junta está muito próxima da outra. Com o passar do tempo, forma-se uma estufa. A umidade faz a base da peça inchar e, como ela não tem mais para onde expandir, se destaca da parede”, explica o sócio-proprietário da Portobello Shop Batel, Ivan Dutra.
Na moda
Nas peças modernas, cores e texturas que desfilam nas passarelas são inspiração para os revestimentos. Mas é preciso cuidado na escolha. “A cerâmica dura muito tempo, 20 anos no mínimo, e a moda não. Por isso, o ambiente não deve receber algo muito forte, que incomode com o passar do tempo”, alerta Ponciano. A sugestão do empresário é optar pela sobriedade. “Exploramos os tons neutros e cores suaves, como nude ou o cinza, que criam um pano de fundo para se trabalhar a decoração mais a vontade.”

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