Pedra-sabão ganha status de nobreza em novas peças de decoração

Os bons designers são categóricos: não existe material nobre. A nobreza é conferida na utilização que cada um faz deles. A mais recente criação da arquiteta e designer mineira Isabela Vecci é prova disso.

Ela traz a pedra-sabão, que, a princípio, é tida como um material comum, para tampos de mesa. As peças estarão à venda na Dpot, em São Paulo.

A ideia surgiu em 2012, quando Isabela trabalhava na restauração do Museu Casa Padre Toledo, um imóvel do século 18 em Tiradentes. Lá, ela usou o material como parte das peças expositivas e logo percebeu que poderia ir além.

Conheceu os lugares onde a pedra é beneficiada, em Mariana, no estado de Minas Gerais, e estudou seu emprego ao longo dos anos: “Ela é encontrada em Minas Gerais e em parte de Goiás, foi muito usada no período colonial e caiu em desuso, mas é um material muito bonito”.

“Pesquisei a joalheria e busquei fazer uma ligação entre pedras preciosas, como ônix e jade, e a pedra-sabão e isso se reflete nas formas em que o material foi cortado para montar as mesas”, diz. “Para mim, ela também é uma preciosa.” Nas peças, a pedra-sabão, apenas cortada e polida, mantém sua rusticidade e mostra os veios brancos na superfície cinza.

“Ela é muito usada em lareiras, resiste bem ao calor e à acidez, então, as mesas podem tranquilamente ficar em áreas externas”, diz.