Decoração

Reforma de escritório une características originais de prédio histórico a decoração contemporânea

Luciane Belin*
25/01/2020 10:56
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Foto: Eduardo Macários | Eduardo Macarios

Testemunha de diferentes momentos históricos e sede de inúmeros eventos artísticos e encontros culturais curitibanos, a sala que é utilizada atualmente como sede da Grifo Arquitetura é quase um livro de memórias. Cada vinco na parede descascada dos seus 74,61 m² de área é uma página da história do segundo andar de um prédio provavelmente centenário, localizado na travessa Nestor de Castro, no Largo da Ordem, em Curitiba.
Não se pode determinar com exatidão em que ano a edificação foi erguida, embora o arquiteto Fábio Domingos Batista arrisque dizer que ela data da década de 1920. Ao lado de Igor Spanger, Luciano Suski e Moacir Zancopé Junior, todos arquitetos da casa, ele assina o projeto de reforma da sala para torná-la adequada às demandas do escritório.
Foto: Eduardo Macários
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“Em 2007, a gente pensou em ter um espaço no centro, porque é mais interessante estar na área central para entender a dinâmica da cidade. Não quisemos estar isolados em uma torre de vidro, e sim onde tudo acontece”.
O endereço escolhido carrega em sua trajetória o fato de ter sido a antiga residência e ateliê do pintor Waldemar Curt Freyesleben e, mais tarde, abrigado a sede da Companhia Brasileira de Teatro, de acordo com Fábio. Externamente, o prédio é uma das construções que ostenta um painel de Poty Lazarotto, na lateral.
Foto: Eduardo Macários
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Internamente, a sala sem divisórias passou pela menor quantidade de intervenções possível durante a reforma. O projeto evidenciou características arquitetônicas originais, sem mexer muito na estrutura.
“Como é um imóvel alugado, há algumas restrições construtivas, de forma que as principais alterações foram de mobiliário. Fizemos uma nova pintura e removemos um piso laminado que havia sido instalado sobre o antigo, de madeira maciça, que foi recuperado para dar um aspecto mais rústico”, explica o arquiteto Igor Spangler.
Foto: Eduardo Macários
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O conceito de espaço aberto, sem divisórias, foi mantido. A sala ganhou uma enorme estante vazada móvel, que também funciona como divisória quando os arquitetos precisam de um ambiente mais reservado.
Foto: Eduardo Macários
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Tanto a estante quanto os móveis da bancada são de fácil remoção para o caso de uma eventual mudança de endereço. “A estrutura é metálica e a montagem foi feita no próprio local com madeira compensada com proteção de selado. Usamos também estantes moduladas”, destaca.
Foto: Eduardo Macários
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Com a escolha deste mobiliário, o projeto promove um diálogo entre elementos contemporâneos e a pegada histórica presente no prédio, que fica evidente no desgaste da parede.
“Partimos dessa ideia de fazer um espaço mais minimalista. No caso da parede, ela tinha um painel de madeira que cobria uma infiltração. Quando removemos o revestimento, descobrimos esse reboco e terminamos de descascá-lo, para ressaltar esse aspecto mais rústico e original”.

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*Especial para HAUS.

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